O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi exonerado do cargo, a pedido, informou hoje (11) o Ministério da Economia. Em seu lugar assume, interinamente, o auditor fiscal José de Assis Ferraz Neto.
A medida acontece 24h depois de a Receita divulgar projeto de criação da “Nova CPMF”, uma proposta de cobrança de impostos em movimentação de saques, depósitos e transferências bancárias, que poderia substituir impostos e contribuições cobrados de empresas, como forma de desonerar o custo dos empreendedores.
A proposta foi mal recebida no Congresso, em setorers do governo e da comunidade. A ideia contraria discurso do próprio presidente Jair Bolsonaro. Marcos CIntra já havia entrado em rota de colisão com manifestações do presidnete outras vezes, como quando apresentou sugestão para tributar atividades de igrejas, que foi desmentida por Bolsonaro.
Na nota em que anuncia a exoneração do secretário, o ministério esclarece “que não há um projeto de reforma tributária finalizado. A equipe econômica trabalha na formulação de um novo regime tributário para corrigir distorções, simplificar normas, reduzir custos, aliviar a carga tributária sobre as famílias e desonerar a folha de pagamento”.
O ministério disse ainda que a proposta do governo “será divulgada depois do aval do ministro [da Economia] Paulo Guedes e do presidente da República, Jair Bolsonaro”. O ministro Paulo Guedes agradeceu ao secretário Marcos Cintra os serviços prestados.