O primeiro debate presidencial para o segundo turno das eleições 2022 , protagonizado pelos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) , repercutiu não só no Brasil como na mídia internacional . O evento, realizado por um pool de veículos jornalísticos, ocorreu na noite deste último domingo (16). O novo pleito ocorrerá no dia 30 de outubro .
Tablóides de diferentes países mencionaram a troca de acusações durante o debate brasileiro.
Com o título “Lula chama Bolsonaro de “ditadorzinho” em debate na TV brasileira”, o jornal britânico The Guardian destacou que Lula atacou Bolsonaro com temas relacionados a pandemia de Covid-19 e o desmatamento da Amazônia.
Além disso, o veículo ressaltou que o atual presidente usou o tema corrupção para atacar o petista e a aproximação do ex-mandatário com autocratas de esquerda, incluindo os líderes da Nicarágua e Venezuela, Daniel Ortega e Nicolás Maduro.
O jornal francês Le Monde intitulou a matéria como “No Brasil, Lula e Bolsonaro se enfrentam no primeiro debate cara a cara”. Para os franceses, o evento foi como uma “luta de titãs esperada há meses como uma luta de boxe” e destacou que foi a primeira “oportunidade para esses dois ‘monstros’ políticos competirem ao vivo e sob o olhar de milhões de telespectadores”.
O “El Mundo”, jornal espanhol, afirmou que “o Brasil vivenciou um debate eletrizante nesta noite de domingo” e mencionou também o momento no qual Bolsonaro colocou a mão em Lula, dando um “tapinha condescendente”.
O jornal dos Estados Unidos, “The Washington Post” chamou atenção para os momentos em que Lula e Bolsonaro se chamaram de mentirosos. “O termo foi usado mais de uma dezena de vezes por cada um dos candidatos no debate da TV Band que, aliás, foi menos agressivo do que muitos analistas esperavam”, disse. “Você é um mentiroso. Você mente todos os dias”, disse Lula ao presidente. Bolsonaro respondia: “Você não pode vir aqui contar essas mentiras às pessoas”.
Na Argentina, o jornal “Clarín” mencionou a discussão em relação à pandemia e as acusações sobre corrupção. “Uma forte estratégia do ex-presidente, por outro lado, foi expor a má gestão do presidente durante a fase inicial da pandemia de covid-19, em 2020. Lula lembrou que o país tem 3% da população mundial e tem, até o momento, 11% das mortes”, disse o veículo argentino, que também destacou “a ausência de propostas era evidente” e afirmou que “seria difícil mudar o critério dos eleitores”.
Ainda, o jornal argentino afirmou que “Jair Bolsonaro atacou Lula da Silva com uma nova referência negativa à Argentina”.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula terminou o primeiro turno com 48,43% dos votos (57.259.504 votos), enquanto Bolsonaro marcou 43,20% (51.072.345 votos) . O vencedor da disputa, marcada para o próximo dia 30 de outubro, irá comandar o país por ao menos quatro anos, até o fim de 2026, assumindo o governo em janeiro de 2023.
Fonte: IG Política