A morte da estudante Maria Luiza Perez Pessarolo, 18 anos, pode provocar o fim das buzinas de gás em São José do Rio preto (170km de Marília). A morte da menina foi a segunda da região e o terceiro caso de intoxicação grave provocado por inalação do gás como alucinógeno.
O projeto que proíbe a venda e exposição das buzinas deve ser votado na quarta-feira pela Câmara de Rio Preto em sessão extraordinária. A proposta é do vereador Paulo Pauléra (PP), um representante comercial de 58 anos.
Maria Luiza morreu na madrugada de sábado durante festa com amigos. Teria inalado o gás varias vezes, chegou a ser atendida por equipe médica mas faleceu antes de chegar ao hospital. Antes dela, um rapaz de 33 anos morreu em Fernandópolis em fevereiro e em janeiro uma estudante de 17 anos, também de Rio Preto, passou seis dias na UTI.
A buzina funciona com gás propano. Pressionado, o gás provoca som alto que transformou o produto em sensação em festas como formaturas e concentrações. É vendida de forma livre. A usada por Maria Luiza foi comprada na loja de conveniência de um posto de gasolina.
A inalação moderada pode provocar sensações de euforia semelhante ao uso de drogas. Mas a inalação excessiva provoca queda acentuada de oxigenação do cérebro.
Os efeitos adversos envolvem sonolência, irritação da mucosa, asfixia e parada cardíaca, que foi o que aconteceu com a estudante. Usado com bebidas, o gás é ainda mais nocivo.