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Morte de voluntária foi premeditada, diz polícia após reconstituição

Policiais e o acusado Francisco durante reconstituição – Reprodução Gazeta de Rio Preto
Policiais e o acusado Francisco durante reconstituição – Reprodução Gazeta de Rio Preto

A Polícia Civil de São José do Rio Preto acredita que o assassinato da professora voluntária Simone Moura Lopes, 31, tenha sido premeditado com até três dias de antecedência.

Simone foi morte na chácara onde alfabetizava de forma gratuita um ex-presidiário de 64 anos. Ela foi encontrada seminua e acorrentada a uma cama. A polícia fez nesta quarta-feira uma reconstituição do crime e indicou indicações da premeditação.

Francisco Lopes Teixeira, o idoso, que é réu confesso no crime, e o segundo acusado, Juvenal Pereira dos Santos, 47, participaram e chegaram em viaturas separadas.

Segundo a polícia, os dois homens acusados pelo crime sabiam três dias antes que Simone iria interromper as visitas. Quando foi chamada para entrar na casa, as correntes usadas para prendê-la já estavam ao lado da cama.

O delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, que comandou a reconstituição, afirmou após o encontro que o trabalho reforçou as suspeitas de premeditação. Para o delegado, o crime foi motivado por “forte atração sexual”.

Francisco já havia dito quando foi preso que o crime aconteceu por Simone decidir encerrar as aulas. O idoso, que já esteve preso por acusação de estupro, estaria fazendo declarações de amor à mulher e chegou a anotar algumas, com elogios ao corpo de Simone, em uma foto.

Ainda não está esclarecida a participação de Juvenal no crime. Ele nega envolvimento, mas Francisco já disse que Juvenal assistiu tudo e teria insistido em estupro da moça, que foi morta a marretadas.

Enquanto a polícia fazia a reconstituição, familiares e vizinhos da vítima promoveram uma manifestação com cartazes e gritos de “justiça” e  “assassino”.