Os promotores Cássio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Moraes de Araújo pediram a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva junto com a denúncia por lavagem de dinheiro no caso que investiga eventual compra de um tríplex no Guarujá.
O pedido foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo mas os promotores, que concederam entrevista coletiva nesta quinta-feira, recusaram comentar a informação. Segundo os promotores, o inquérito tem dezenas de depoimentos que comprovariam que o triplex, em Guarujá (SP), era “destinado” a Lula e sua família.
“Aproximadamente duas dezenas de pessoas nos relataram que efetivamente aquele triplex do Guarujá era destinado ao ex-presidente Lula e sua família. Dentre essas pessoas figuravam funcionários do prédio, o zelador do prédio, a porteira do prédio, moradores do prédio, funcionário da OAS, ex-funcionário da OAS, o proprietário da empresa que fez a reforma naquele imóvel nos relatos que fez uma reunião para apresentar parte da reforma efetuada, com a presença da ex-primeira dama e de seu filho, além do senhor Léo Pinheiro”, disse o promotor Cassio Roberto Conserino.
De acordo com o promotor, a ocultação do patrimônio só não se perpetuou porque a imprensa divulgou a situação, segundo Conserino, irregular do apartamento.
“É uma soma de testemunhos, é uma soma de documentos, e única conclusão irretocável que nos cabia fazer é de que efetivamente aquele triplex foi destinado ao ex-presidente da República, e só não houve a terceira etapa da integralização porque um órgão de imprensa noticiou essa situação e eles resolveram, por bem, largar aquele condomínio às pressas. E por essa razão a lavagem de dinheiro não se perpetuou”, disse.
Os procuradores não entanto, disseram que não tinham provas documentais sobre a ocultação do patrimônio do ex-presidente.