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MPF pede anulação de decreto para facilitar porte de arma

MPF pede anulação de decreto para facilitar porte de arma

Cinco procuradores federais assinam em Brasília uma ação civil para anular o decreto 9785, do presidente Jair Bolsonaro, que facilita o acesso ao porte de arma para uma longa lista de atividades profissionais, que vai de servidores públicos do judiciário a motoristas de caminhão.

A ação lista diversos pontos que os procuradores consideram ilegais no decreto, incluindo alteração de forma indevida na legislação sobre porte de armas, facilitação para acesso de crianças e adolescentes a armas sem autorização dos pais registrada na justiça, desproporcionalidade na permissão de número de armas e munição, entre outros.

Para os procuradores, o decreto cria uma situação de riscos para a população e ainda provoca um impacto não avaliado no direito penal por diversas ações sobre porte irregular em andamento.

“A extensão ilegal do direito à aquisição e ao porte tal como previsto no Decreto – caso este se mantenha vigente – poderá causar efeitos irreversíveis, uma vez que a arma de fogo é um bem durável”, diz o pedido de anulação.

Os procuradores citam ainda manifestações do presidente Bolsonaro e do ministro da Justiça, Sérgio Moro, indicando que a liberação não é medida para política de segurança pública.

“Nesse aspecto há que se dar razão a ambas as manifestações: o Decreto não só não é do interesse da segurança pública como a coloca em risco”, diz o documento.

O pedido foi protocolado na 17ª Vara Federal de Brasília. É assinado pelos procuradores Felipe Fritz Braga, Eliana Pires Rocha, Ivan Cláudio Marx, Luciana Ribeiro Oliveira e Márcia Brandão Zolinger.

Acesse a íntegra do pedido