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MST desocupa fazenda e espera reforma agrária na região

MST desocupa fazenda e espera reforma agrária na região

Terminou na madrugada desta segunda-feira a ocupação da fazenda Santa Maria, em Pirajuí (80km de Marília), iniciada no dia 3. No dia 6 de setembro a Justiça expediu mandado de reintegração de posse mas um acordo entre os manifestantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e da Polícia definiu retirada nesta segunda.

A fazenda pertence ao Grupo Atala e já foi alvo de manifestações e protestos do MST em diversas vezes neste ano, inclusive com interdição da rodovia Marechal Rondon para protesto pela desapropriação da área.

O MST mantém ainda uma ocupação em fazenda de Alvinlândia possui uma área de 1,7 mil hectares. O prazo para retirada termina hoje e o grupo deve sair até o final da tarde.

O movimento tenta negociar a permanência na fazenda, já que seria uma área de interesse do Incra para reforma agrária. A Polícia Militar acompanha a ocupação.   Os ocupantes organizam barracas, uma cozinha comunitária e se prepara para fazer plantio de feijão e milho no local.

Em nota, o Incra informou que as fazendas são áreas de interesse do Incra para fins de reforma agrária pelo processo de adjudicação, quando a arrecadação de terras se dá por conta de dívidas dos proprietários com a União.

Por se tratar de processo relativo à União, a adjudicação é conduzida pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Assim, o Incra, por meio de seus procuradores, está agendando uma reunião com a PGFN nos próximos dias para discutir a possibilidade de que essas áreas a serem adjudicadas pela União sejam destinadas para a reforma agrária.