No Reino do Nazismo, não há Cornucópia

Na Alemanha, apesar de ainda não vencer, a extrema-direita já aparece consolidada. Muitos defensores do modelo tradicional e simples de democracia popular apoiarão o ingresso dessas siglas na política, com a justificativa de que devemos preservar o pluralismo político. O fato é que esse tipo de extrema-direita – presente, aliás, em toda a Europa – é defensora do Estado Nazista, de Hitler e Cia.

Da Europa para a ficção, como ficaria a realidade?

Na prosa razoável e lúcida, o verdadeiro pluralismo exige que o cidadão tenha cultura (um pouco de Ilustração – no sentido de uma formação humanista), educação com conhecimento histórico e científico e bom senso que substitua a ira irracional presente no populismo de extrema-direita. Este cidadão será um defensor da Cornucópia, por exemplo.

Não precisa ser de extrema-esquerda para entender e defender o significado da Cornucópia – mesmo porque muitos nunca ouviram tal expressão. Em todo caso, com toda série de simplismos e de discursos de violência, a extrema-direita se coloca na perseguição de todos os que apreciam as Belas Artes. Sempre foi assim, em todos os regimes de extrema-direita, porque a cultura leva à reflexão, à apreciação da ética e não só da estética. Onde se sabe o que é a Cornucópia, não vinga a suástica.

A ignorância cultural é amiga ordeira da ignorância política. E neste Reino da Ignorância a virilidade da política se transforma em virulência moral. A firmeza necessária à política se converte em vírus de intransigência, intolerância, incapacidade de visualizar qualquer pluralismo. Ou seja, é fácil perceber que admitir a presença do Estado Nazista no pleito democrático será o que mesmo que encomendar a morte da democracia. Sem a Cornucópia, não há democracia, pluralismo, tolerância – não há virtude republicana.

A desqualificação do(a) Outro(a) é a arma do incompetente. Mas, se você ainda não entendeu bem a história, veja a ilustração abaixo. O quadrinho explica muito bem o que é o nazi-fascismo pronto para generalizar sua mais profunda ignorância.

O fascista/nazista – contra a Cornucópia: um símbolo de prosperidade – ainda dirá ao mundo que: “no fim, só não deu certo, o que deu errado”.

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