A segunda fase de uma operação especial da Polícia Civil de Assis expediu 12 mandados de prisão e 22 mandados de busca e apreensão na apuração de um esquema para fraudar vestibulares para curso de medicina naquela cidade.
O esquema foi denunciado pela Fema (Fundação de Ensino do Município de Assis), que oferece o curso, após a Vunesp – que organiza os vestibulares – identificar fraudes nas digitais de candidatos.
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A denúncia foi feita em 2017. Em abril de 2019 foi feita a primeira etapa da operação, que prendeu 17 pessoas. Pessoas com melhor formação teriam feito as provas em nomes de estudantes. Assinaram listas de presença, folhas de respostas e até passaram pela coleta de digitais.
Alguns dos suspeitos presos já são formados em medicina e exercem funções em postos de saúde nas cidades onde moram. A fraude seria realizada em diversos pontos do país.
Segundo a polícia, o grupo cobrava até R$ 120 mil por vaga. As buscas acontecem em cidades de São Paulo, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Um homem foi preso em Ribeirão Preto acusado de ser o captador, que faria contato com os candidatos para venda da vaga. Em São Paulo foi preso um homem acusado de fazer a prova em nome de um estudante. O fraudador é identificado como “piloto” no esquema.
Também foram presos “pilotos” na Paraíba e Rio Grande do Norte, de onde o esquema seria controlado. Uma das detidas, com 23 anos, é estudante de medicina e pode ter feito provas em nome de até 15 pessoas.