A família de Malu, uma criança com 2,5 anos de idade vitima da patologia genética AME1 (Amiotrofia Muscular Espinhal), em São Paulo, lançou uma campanha nacional de pressão contra a operadora Omint de planos de saúde e acusa a empresa de cancelar, sem motivo, o plano pelo qual a menina é atendida.
Segundo o paí, após quase 20 anos de uso do plano por toda a família, a Omint anunciou que vai cancelar o atendimento a partir do dia 1º de janeiro de 2016. A medida provocou a corrente contra a empresa.
Lançada nesta quinta-feira pelo pai da menina, Roberto Barros, pede que as pessoas entrem em contato com o plano, divulguem a campanha e a mostrem sua indignação contra a medida. A campanha já atingiu quase 20 mil compartilhamentos . A campanha chegou a Marília e já tem adesão de um grande número de pessoas dos mais diferentes perfis.
Em uma longa mensagem divulgada pelo Facebook, Roberto explica a condição da filha desde o nascimento – em maio de 2013 – e divulga diferentes formas de contato com a operadora do Plano.
Segundo o texto, Malu é a segunda filha de Roberto e a patologia foi descoberta em outubro de 2013, quando ela tinha cinco meses.
“O Dr. responsável por nos passar o diagnostico disse que minha filha não chegaria a um ano de idade. E em Fevereiro de 2014 com uma infecção respiratória tivemos que interná-la em CTI Pediátrica por onde ficamos durante 6 meses.”, diz o texto.
Ainda segundo a mensagem, Malu tem uma agenda que envolve duas sessões diárias de fisioterapia respiratória, uma sessão diária de fono e fisioterapia motora e é dependente ventilação não invasiva ao menos 18h/por dia.
“Hoje em casa temos 1 cuidadora e 1 enfermeira 24 horas por dia, sete dias da semana, pois ela precisa ser monitorada 24h/por dia.” O Giro Marília procurou a Omint e aguarda manifestação oficial da empresa.
Clique AQUI para acessar a postagem da campanha no Facebook ou veja o texto na íntegra abaixo:
“Amigos(as), ME AJUDEM!!!!
Tenho uma familia linda! Sou completo com a vida que tenho e o amor é o principal pilar de toda a existencia.
Em Outubro de 2010 tive a oportunidade de me tornar pai pela primeira vez, com certeza o momento mais feliz de minha vida e o que trouxe ao meu círculo de excelência o melhor sentimento do mundo. Tom, hoje com 5 anos, um menino maravilhoso e com um coração enorme. Para minha alegria ainda maior, em Maio de 2013 me tornei pai pela segunda vez e junto veio aquele melhor sentimento de felicidade plena. A Malu, hoje com 2.5 anos, é uma criança de luz que veio para iluminar o mundo. Em Outubro de 2013, depois de muita pesquisa médica, minha esposa e eu recebemos o diagnóstico que minha filha tinha uma patologia genética rara a Amiotrofia Muscular Espinhal Tipo 1 (AME1), a doença genética que mais causa mortalidade infantil no mundo. O Dr. responsável por nos passar o diagnostico disse que minha filha não chegaria a 1 ano de idade. E em Fevereiro de 2014 com uma infeccão respiratória tivemos que interná-la em CTI Pediátrica por onde ficamos durante 6 mêses.
Hoje, graças a Deus e muita dedicação minha filha esta em casa e estável, mas para isso tem uma Agenda de cuidados terapêuticos intensa: 2 sessões diárias de Fisioterapia respiratória, por causa de sua hipotonia significativa + 1 sessão diária de fono e Fisioterapia motora devido ao seu déficit motor na qual não consegue sustentar nem a cabeça. A Malu é dependente de ventilação não invasiva ao menos 18h/por dia e hoje em casa temos 1 cuidadora e 1 enfermeira 24 horas por dia / 7 dias da semana, pois ela precisa ser monitorada 24h/por dia. A Malu apesar de sua deficiência, é uma menina muito feliz em que sua parte cognitiva é perfeita, e ela inspira e transforma tudo em torno.
A razão deste post é que eu recebi há 2 semanas um telegrama da Omint, Serviços de Saúde, rescindindo o nosso contrato de assistência médica a partir de 1 de Janeiro de 2016. Minha familia é associada a referida empresa há, pelo menos, 20 anos. Não entendo que seja justo que, na hora em que mais preciso, eles façam isso comigo e com minha família. Até porque, uma criança que tem toda uma vida pela frente ficaria ao menos 2 anos descoberta de outro plano de saúde. Este telegrama, portanto, para minha filha e minha familia, equivale a uma sentença de morte.
Isto não é justo!
Se forem contrários à decisão da OMINT. eu ouso lhes pedir um favor: manifestem-se. Compartilhem, façam esta mensagem se espalhar pelas redes. E por telefone, carta, e-mail ou whats-up. Digam a Omint que vocês não concordam com isso. Os telefones deles são: 11 2132-4000 3814-7371 e 3814-7918 e o endereço é Rua Franz Schubert,33 CEP 01454-020 São Paulo.”