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Perda auditiva pode aumentar risco de demência, aponta estudo

Redação GPS Perda auditiva pode aumentar risco de demência, aponta estudo
Redação GPS Perda auditiva pode aumentar risco de demência, aponta estudo
Um estudo científico recente publicado na Revista Lancet revelou que a perda auditiva é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da demência , uma síndrome que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

De acordo com a pesquisa, tratar problemas auditivos pode reduzir o risco de demência em até 7%, tornando o cuidado com a audição essencial, especialmente para os idosos.

A demência, que provoca alterações progressivas no cérebro, afetando memória, comportamento e personalidade, atinge mais de 50 milhões de pessoas globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, aproximadamente 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos vivem com essa condição.

Embora a demência não tenha cura e fatores genéticos não possam ser evitados, especialistas indicam que a prevenção e o tratamento de fatores externos, como a perda auditiva, podem ser eficazes na redução do risco da doença.

Audiologista de uma reconhecida empresa de aparelhos auditivos, Ariane Gonçalves destaca que a perda auditiva pode levar a mudanças significativas no funcionamento cerebral, afetando a reserva cognitiva.

“A privação sensorial aumenta as chances de desenvolver a demência, já que a dificuldade em ouvir e compreender conversas afeta diretamente as áreas do cérebro responsáveis pela linguagem e memória”, explica.

Para prevenir a perda auditiva e, consequentemente, reduzir o risco de demência, Gonçalves recomenda evitar exposição a ruídos altos e utilizar proteção adequada em ambientes barulhentos.

Para aqueles que já enfrentam problemas de audição, o uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares pode ser uma solução eficaz.

“Os aparelhos auditivos amplificam os sons, melhorando a compreensão da fala e fornecendo uma estimulação auditiva constante. Isso ajuda a manter as conexões neuronais ativas e a fortalecer as áreas do cérebro relacionadas à linguagem e memória”, acrescenta a especialista.

Independentemente da condição, Gonçalves enfatiza a importância de consultar um profissional para obter o tratamento adequado.

“Cuidar da saúde auditiva é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida e prevenir problemas futuros. Manter os exames auditivos em dia é especialmente crucial para os idosos, promovendo um envelhecimento saudável e com menor risco de desenvolver demência”, conclui.

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Fonte: Nacional