A superintendência da Polícia Federal confirmou na tarde desta quinta-feira que está desfeita a força tarefa especial de policiais dedicados exclusivamente às investigações dos escândalos revelados na Operação Lava Jato,que provocou 27 prisões e 116 condenações em três anos.
Responsável pela identificação do envolvimento de ministros, ex-ministros, senadores, deputados e outras autoridades em escândalos, a força-tarefa provocou prisões como as de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, Delcídio Amaral, ex-vereador, e dos ex0-ministros Antonio Palocci e José Dirceu, entre outros acusados.
Segundo a PF, a equipe da Lava Jato passará a atua dentro da Delegacia de Rrepressão à Corrupção e Crimes Financeiros. A Polícia diz que não haverá sobrecarga de trabalho.
O fim do Grupo especial de apuração é resultados de meses de esvaziamento do trabalho. Em maio a PF já havia reduzido de nove para quatro o número de delegados envolvidos com a operação.
A medida pode suspender a transferência do delegado Luciano Menin, de Marília, para integrar a equipe de investigação em Curitiba. Menin, que já atuou na Lava Jato antes de participar em investigações em Marília, como a Operação Miragem, estava indicado para retornar à principal operação do país.
A medida é justificada oficialmente como decisão administrativa para ajuste de custos e gerenciamento de recursos da Polícia. O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que atua junto às investigações, disse em junho que o “governo Temer sufoca” a atuação da Operação.