Governista, eleito com recurso após impugnação da candidatura em 2014, condenado e em fase de recurso, o deputado Estevam Galvão (DEM) foi nomeado nesta terça-feira (28) relator da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) que vai investigar a Máfia da Merenda Escolar da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
O parlamentar integra a base de apoio ao governo Geraldo Alckmin, na Casa, assim como o presidente da comissão, deputado Marcos Zerbini (PSDB), e o vice, Adilson Rossi (PSB). De todos os nove membros do colegiado, apenas o deputado Alencar Santana (PT) faz oposição ao governador.
E a nomeação de um governista pressionado por investigação não foi a única indicação de problemas na comissão. O presidente da CPI, Marcos Zerbini, antecipou defesa do deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da assembleia e acusado de envolvimento na máfia.
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“O presidente da Assembleia está ansioso para falar na CPI. Se colocou à disposição antes mesmo da CPI ser constituída. Eu sei que quem é acusado de forma injusta tem um desespero grande em provar sua inocência”, disse Zerbini.
Durante a sessão de hoje (28), a CPI também aprovou requerimentos feitos por deputados que pedem informações ao Ministério Público, à Polícia Civil e a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. A reunião foi acompanhada por um grupo de estudantes que, com faixas e cartazes, ocuparam parte do auditório, exigindo apuração das denúncias.
Mesmo com todo o comando e quase a totalidade dos membros da base governista, o presidente da CPI defendeu a imparcialidade dos trabalhos. “A CPI precisa ser a mais isenta possível. Porque ela tem que apurar tudo, mas ela não pode execrar pessoas que não tenham cometido nenhum delito.”
