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Polícia prende segundo suspeito de matar voluntária

Francisco colocado em maca depois de ser localizado pela polícia – Reprodução
Francisco colocado em maca depois de ser localizado pela polícia – Reprodução

A Polícia de São José do Rio Preto prendeu nesta segunda-feira o  aposentado Francisco Lopes Ferreira, 64, o segundo acusado de matar a voluntária Simone Moura Facini Lopes, encontrada amarrada e morta a golpe de marreta em crime que comoveu a região.

Francisco estava desaparecido desde o dia 12, quando aconteceu o crime. Ele deixou a chácara onde morava, inclusive documentos e objetos pessoais, como uma dentadura, e onde era visitado por Simone, que o atendia em um programa de alfabetização.

Outro acusado, Juvenal Pereira dos Santos, 47, foi preso no final de semana os dois homens negam envolvimento no crime. Juvenal  era o dono das correntes e da marreta usada para matar Simone, que foi encontrada presa a uma cama da propriedade. Até encontrar Francisco, a polícia não descartava a hipótese de o aposentado ter sido morto por Juvenal .

Francisco Lopes Ferreira estava escondido nos fundos de uma empresa, quando foi visto por moradores.  Foi encontrado debilitado, desidratado e sem alimentação. A Polícia Militar recebeu informação de que ele foi agredido por moradores.

O suspeito foi levado para atendimento médico e ainda hoje será apresentado para depoimento na DIG. Francisco disse aos policiais que tratava dos animais na chácara enquanto Simone ficou com Juvenal na casa. Afirmou que ao retornar encontrou o corpo da moça na cama e decidiu fugir.

Os dois suspeitos dividiam a casa, mas apenas Francisco era atendido pela moça no programa voluntário de alfabetização. O aposentado guardava uma foto de Simone em que escreveu elogios ao corpo da moça e frases de amor.

César Augusto Lopes, marido de Simone, esteve na DIG logo após a prisão. Muito abalado, chorou durante as entrevista e disse que a família nunca desconfiou do risco. Segundo ele, a pedido de Simone a família até pagou a dentadura do aposentado, de R$ 500.


Simone Moura, 31, foi morta na chácara onde fazia serviços voluntários de alfabetização de um dos suspeitos – Reprodução