A Polícia Civil de Curitiba pretende ouvir Jeferson Lima de Menezes, atingido no pescoço por um dos tiros disparados contra o acampamento de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim que ele receba alta médica. O objetivo é buscar informações que auxiliem na identificação do autor dos disparos.
Outra vítima do ataque, a advogada Marcia Koakoski, 42, advogada em Porto Alegre, que estava em um banheiro químico, já revelou que houve ameaças contra os manifestantes pouco antes dos disparos. Um homem que foi foram até o acampamento gritar palavras de ordem contra Lula teria dito que iria voltar para matar um defensor do ex-presidente que reagiu contra as ofensas.
O ataque aconteceu por volta das 4h de sábado (28). Cápsulas de pistola 9mm foram apreendidas no local e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil de Curitiba.
Nesta segunda-feira, dirigentes do PT divulgaram mensagem em que orientam os militantes a insistir nas denúncias, não revidar ataques e culpa a impunidade em outros casos como incentivo para o novo ataque.
A mensagem lista oito atentados a sedes do PT em diversas cidades, incluindo em Ribeirão Preto, e mensagens de intolerância registradas nos últimos dias, como celebração em redes sociais de agressões a militantes e agressões cometidas por políticos ou com apoio de deputados e senadores.
“Trevas abissais: não se pode cair na tentação do revide, cabe insistir nas denúncias, divulgar e cobrar resultados das autoridades, pois quase nenhum destes ataques foi investigado e chegaram a punir culpados”, diz a mensagem.