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Presídios já têm 344 agentes para intervenções, inclusive com armas

Presídios já têm 344 agentes para intervenções, inclusive com armas

A Secretaria da Administração Penitenciária já treinou 344 agentes para atuar em Células de Intervenção Rápida, identificados como CIR, para atuar em presídios da região Noroeste do Estado. Um curso em fase de finalização no Centro de Detenção Provisória de Taiúva prepara mais 36 agentes para a atuação.

O curso apresenta dois módulos, com atividades teóricas, como auxílio psicológico, direitos e valores humanos, e práticas como imobilização, uso de armas e técnica de tiros.

“A gente capacita, contudo, com a intenção de que não seja necessário usar armas”, disse a diretora de Capacitação e Recursos Humanos, Kátia Cilene Salles.

Segundo a diretora, os agentes aprendem a entrar na unidade prisional de forma segura, a fazer imobilização e algemação, uso de armamento e técnicas de tiro.

Entre as funções estão resposta rápida diante de atos de insubordinação dos presos, revistas especiais em celas e demais dependências, combate a movimentos de indisciplina, revoltas, motins e tentativas de fugas.

As células serão extensão do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que já treinou agentes para intervir em casos de indisciplinas graves que poderiam ocorrer entre presos.

“Hoje, entretanto, existem dez equipes do GIR na Secretaria. Então, foi decidido fazer módulos menores que possam atuar diretamente na unidade. É como se o GIR tivesse ‘vários braços’ no Estado”, afirmou o coordenador da Região Noroeste, Carlos Alberto Ferreira de Souza.

As células respondem ao diretor da unidade, o que permite, em um momento de crise, imediatamente atuar e resolver uma situação que poderia causar algo mais grave.

“O funcionário não é obrigado a fazer o curso. Ele escolhe servir um pouco mais do que o comum, porque no momento da crise ele vai lá colocar em risco a própria vida na proteção da unidade, defendendo os colegas de trabalho”, disse o coordenador Carlos Alberto.