Trabalhadores da empresa RCG Eletrônica fizeram um protesto no final da tarde desta segunda-feira (10) em Garça, cidade sede da empresa, para cobrar definição da Prefeitura da cidade sobre doação de área para plano de expansão da fábrica. O protesto e a pressão pelo investimento ganharam força depois que a RCG anunciou investimento em Marília, onde vai instalar unidade com previsão de 350 empregos em até sete anos.
Mas há ainda em discussão um segundo projeto, de ampliação da sede, que está parado e aguarda decisão sobre terreno para a obra. A fábrica “perdida” por Garça vai ser instalada no Distrito Industrial I, na zona norte de Marília.
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– Em nota, prefeitura promete áreas
Na solenidade de apresentação da nova fábrica, o empresário Roberto Gonzales, dono da RCG, disse que pode investir mais em Marília dependendo da negociação de espaço com a prefeitura. Na verdade, é uma negociação com as prefeituras nas duas cidades.
Na segunda aproximadamente 150 funcionários, segundo avaliação da rádio Centro Oeste, de Garça, fizeram uma carreata até a frente da prefeitura, onde teriam ficado por aproximadamente uma hora. Segundo a emissora, que acompanhou a manifestação, uma comitiva de representantes da prefeitura teria convidado alguns servidores para falar com o prefeito Alcidens Faneco.
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Os trabalhadores não aceitaram e pediram a presença de Faneco na praça. Em vez do prefeito, o secretário da Indústria e Comércio, Nilson Bastos Bento, falou com os trabalhadores. A pressão põe em discussão aproveitamento de terreno ao lado da atual sede. Segundo nota distribuída pela Prefeitura de Garça, a área não pode ser utilizada. É preciso encontrar novo espaço.
O recado para resolver a situação foi repetido no protesto desta segunda-feira, quando um grupo de trabalhadores, quase todos uniformizados com camisetas da empresa, levou faixas e fez discursos em frente da prefeitura. A palavra de ordem na manifestação foi cobrar uma resposta sobre a área vizinha à empresa.
A EMPRESA
A RCG foi criada em 1996 e mantém 625 trabalhadores em Garça. Trabalha com quatro linhas de produção para equipamentos nas áreas de eletricidade, informática, segurança e iluminação. A fábrica de Marília será um novo segmento de iluminação que vai trabalhar com montagem e fabricação de lâmpadas LED.
Para ser instalada em Marília, a RCG pediu e conseguiu área de 12 mil m². Anunciou projeto para 6.800 m² de construção em obras que vai durar sete anos para ser totalmente concluída. A RCG já usa serviços na cidade, especialmente consultoria do Instituto de Tecnologia mantido pelo Univem – Centro Universitário Eurípides.
