A rebelião de presos na Penitenciária de Lucélia (135km de Marília) prosseguiu noi final de tarde e início da noite desta quinta com três defensores públicos como reféns dos detentos além de foco de incêndio em colchões e outros materiais da unidade.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, “o diretor da penitenciária e o coordenador de unidades prisionais da região estão efetuando as negociações com os presos”.
A Penitenciária de Lucélia tem capacidade para 1.440 presos mas atenta 1.820 detentos, segundo a SAP. Tem ainda uma unidade de progressão com 110 vagas e 126 detentos.
A rebelião começou, segundo a SAP, durante horário do ‘banho de sol’. A secretaria afirma que os defensores teriam sido orientados a fazer a visita em outro horário, mas teriam insistido.
O helicóptero Águia da Polícia Militar foi designado para acompanhar o atendimento. O Corpo de Bombeiros de Adamantina deslocou efetivo da corporação para a penitenciária. Familiares de presos foram para a área em frente à penitenciária e dizem que os detentos reivindicam melhores condições.
Veja nota oficial da SAP sobre o caso
“A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje (26), por volta das 9h, cinco Defensores Públicos chegaram à Penitenciária de Lucélia para realizarem atendimento aos presos da unidade.
A direção informou aos defensores que não seria apropriado entrar naquele momento pois os detentos estavam no horário do banho de sol, porém, os defensores insistiram em entrar.
Por volta das 14h, ainda durante o banho de sol, os defensores entraram nos pavilhões três e quatro e, após vinte minutos, os presos do local fizeram três defensores de reféns e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar todos os presos.
Ressalvamos que quando foi iniciado o movimento subversivo todos os funcionários da unidade foram retirados do interior da carceragem.
Informamos ainda que o Grupo de Intervenção Rápida, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e estão nesse momento de prontidão ao lado de fora da unidade.
Salientamos que o diretor da penitenciária e o coordenador de unidades prisionais da região estão efetuando as negociações com os presos.
Esclarecemos que Defensores Públicos e Juízes possuem acesso irrestrito as unidades e não podem ser impedidos de entrar em qualquer estabelecimento penal”