Uma rede de reabilitação foi formada para atender animais atingidos pelos incêndios florestais no interior paulista e inclui serviços de uma associação em Assis, que já atua em resgates.
Entre as espécies socorridas pela rede estão cobras, lagartos, gambás, tamanduás-bandeira, tamanduás-mirim, macacos-prego e tatus. Há 26 unidades integradas estão em alerta para atender animais resgatados das queimadas e outros atendidos quando tentam fugir do fogo
Somente o centro de reabilitação de Ribeirão Preto recebeu 17 animais resgatados. Até a última sexta-feira (29), oito deles tinham morrido em decorrência de queimaduras, insuficiência respiratória e outras complicações.
O caso mais grave na unidade é o do tamanduá-bandeira, espécie em extinção no Brasil. O animal, uma fêmea adulta, que ganhou o nome Vitória, teve nas patas e no focinho queimaduras de terceiro grau.
Mesmo machucada, lutou tanto para escapar das chamas que acabou sofrendo um estresse severo, descompensando praticamente todas suas funções vitais. É monitorada durante 24 horas por dia.
Para Isabella Saraiva, diretora do Departamento da Fauna Silvestre, vinculado à Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), a rede foi permitiu atendimento por equipes multidisciplinares e especializadas em animais selvagens.
“Fizemos contato com todos os centros autorizados de triagem e reabilitação localizados em vários municípios paulistas, e todos se prontificaram a colaborar gratuitamente. Veterinários, zootecnistas, biólogos, nutricionistas e outros especialistas abraçaram a causa e estão em estado de alerta para receber os resgatados”, ressaltou.
Isabella Saraiva fez um alerta para que a população não mexa nos animais caso encontrem feridos. A indicação é que façam contato com a Polícia Militar Ambiental (190) e Corpo de Bombeiros (193).
Caso alguma clínica veterinária não especializada em espécies selvagens receba algum animal, deve procurar a rede de atendimento. A lista está na página oficial – aqui -.