Em coletiva de imprensa transmitida na tarde desta quinta-feira (4), o secretário de saúde do estado de São Paulo, José Henrique Germann, reconheceu que – apesar de a rede pública de saúde contar com estoque do medicamento – houve uma queda na prescrição e busca pela hidroxicloroquina , citado pelo Ministério da Saúde como possível tratamento contra a Covid-19.
“Temos cloroquina em estoque desde o primeiro decreto, pois recebemos do Ministério da Saúde . Ela pode ser usada, mas depende da prescrição do médico e do consentimento do paciente, e isso de fato vem diminuindo ao longo do tempo, seja pelo resultado ou pelos efeitos colaterais”, disse o secretário.
Leia mais: Lula diz que Bolsonaro devia “tomar sopa” de cloroquina e ser “impichado “
O coordenador do centro de contingência do Covid-19 no estado e diretor do Instituto do Coração (INCOR) do Hospital da Clínicas, Carlos Carvalho, ainda acrescentou que “a hidroxicloroquina nunca fez parte da rotina de prescrição no nosso hospital ou no nosso sistema de saúde. Atualmento estão surgindo cada vez mais estudos sobre isso e os dados científicos continuam apontando para o não uso da hidroxicloroquina”.
A hidroxicloroquina ainda é a principal aposta do governo federal contra a nova doença. Alvo de polêmicas e discordância entre os ex-ministros da Saúde e o presidente da república, o medicamento já representa um investimento de R$ 652 mil apenas pela última encomenda de matéria-prima feita pelo laboratólio Químico e Farmacêutico do Exército, que pretende produzir mais 1,75 milhão de comprimidos para enfrentamento da pandemia.