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Sem recursos, `Centrinho` de Bauru reduz atendimentos e cirurgias

Sem recursos, `Centrinho` de Bauru reduz atendimentos e cirurgias

O “Centrinho” de Bauru, como é conhecido o hospital de reabilitação de anomalias crânio-faciais na cidade, reduziu volume de atendimentos em um serviço que virou referência nacional e está ameaçado pela falta de recursos.

O caso foi revelado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo, que aponta falta de servidores como um dos motivos para os cortes. Segundo a entidade, desde 2015 o Centrinho já perdeu 101 servidores.

O número de cirurgias teria despencado de 32 por dia a no máximo dez, aponta a direção do Sindicato. O Centrinho confirma os cortes e aponta redução especialmente de anestesistas, ainda não substituídos.

Desde setembro do ano passado o Centrinho também vem reduzindo agendamento de novos casos. São apenas quatro por semana. O espaço é referência em atendimento a fissura labiopalatina e diferentes serviços de implante coclear, um dispositivo para recuperar capacidade auditiva de pacientes. Crianças com fissura de palato ou lábios geralmente apresentam também problemas nos ouvidos.

As verbas para manutenção dos serviços é repassada pela USP e pelo Sistema Único de Saúde. O Centrinho informou também que as prioridades são atender pacientes da Diretoria Regional de Saúde de Bauru e do Estado de São Paulo.