Condenada a 39 anos de prisão por matar os pais a marretadas em São Paulo, em 2002, Suzane von Richthofen foi aprovada no curso Gestão de Turismo, no (IFSP) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, em Campos do Jordão, no interior do estado.
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Com 608.42 pontos no Enem, Richthofen foi aprovada em 8º lugar entre os candidatos da ampla concorrência. Suzane está presa desde 2006 na penitenciária de Tremembé, em São Paulo. A faculdade fica a aproximadamente 40 quilômetros de distância da prisão.
Essa não é a primeira vez que ela tenta estudar. Em 2017, foi pré-selecionada para um empréstimo no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o curso de Administração de Empresas de uma faculdade particular de Taubaté, também no interior. Em 2016, a Justiça havia autorizado a jovem a frequentar o curso de Administração em outra universidade de Taubaté, a Anhanguera, porém ela acabou não dando continuidade ao curso.
A legislação brasileira prevê que presos em regime semiaberto podem deixar a prisão para estudar, desde que voltem para a cadeia após os horários de aulas. O mesmo pode ser feito em relação a trabalhos. No caso dos estudos, é necessário manter bom desempenho para que a autorização para as saídas continue válida. Apesar da aprovação no IFSP, a ressocialização de Suzane não é uma novidade.
Desde que sua pena progrediu, em 2015, ela ganhou direito a saídas temporárias em datas específicas e, fora da cadeia, mostrou-se disposta a interações sociais.
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A revista Época acompanhou, em outubro do ano passado, um período de três dias dela longe de Tremembé, durante o Dia das Crianças. Ela esteve em um município vizinho, onde mora o noivo, e frequentou um culto em uma igreja evangélica. Nas ruas, ela recorre a um disfarce amarrando os cabelos e vestindo uma peruca chanel preta: quando perguntam como se chama, ela responde apenas “Louise”, seu segundo nome.