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Terapeuta lança projeto de segurança em escolas após morte do filho

Terapeuta lança projeto de segurança em escolas após morte do filho

A terapeuta Alessandra Begalli Zamora transformou uma situação de muito sofrimento em uma grande campanha nacional por segurança em escolas e creches. Em setembro de 2017, ela perdeu o filho, Lucas, de dez anos, engasgado durante um lanche.

Agora quer tornar obrigatório treinamento de equipes de socorros básicos nas unidades. E ganha apoio. Já tem 24 cidades interessadas em criar a lei e um projeto pode ser criado na Câmara dos Deputados para tornar a formação obrigatória.

Alessandra criou uma pagina nas redes sociais para envolver mães, educadores e lideranças políticas. Conta a história do filho, que estava em um passeio de escola com amigos e engasgou enquanto comia um cachorro quente.

Como não havia ninguém capacitado para dar o primeiro atendimento, o menino faleceu pouco depois de o Samu chegar ao local. A página Vai Lucas recebe contribuições, depoimentos e mensagens de apoio e iniciativas para mudar esse quadro.

“Escolas, creches, berçários, excursões, parques, clubes, academias de ginastica, peruas escolares, buffets infantis tem que ter 100% de preparo para garantir a segurança das crianças que estão sob sua responsabilidade. Com criança todo cuidado é pouco e a atenção tem que ser redobrada porque em um piscar de olhos se perde uma vida, como foi o caso do meu filho”, diz a terapeuta na página.

O objetivo da campanha é criar a “Lei Lucas” para regulamentar equipes de socorro e atendimento em situações como de asfixia e outros prováveis acidentes.

“Nada vai trazer meu único filho de volta. Mas se uma única criança puder ser salva e uma única mãe não tiver que passar pela dor que estou passando agora, a partida do Lucas já não terá sido em vão”, diz Alessandra.

A página orienta medidas para ajudar o projeto, como compartilhar as publicações, procurar ou vereador na cidade onde vive para propor a Lei Lucas entrar em contato em caso de dúvida.

A terapeuta criou material de apoio e ainda monitora casos semelhantes. O interior de São Paulo teve pelo menos três mortes de crianças engasgadas no segundo semestre de 2017, a última deles em dezembro em Araraquara.