Nacional

Terror na escola - Velórios têm homenagens em Suzano; investigação avança

Terror na escola - Velórios têm homenagens em Suzano; investigação avança

Começou por volta das 7h de hoje (14), no Ginásio Arena Suzano, o velório das vítimas do atentado contra a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior paulista.

Dois atiradores, ex-alunos da escola, chegaram ao local por volta das 9h30 de ontem (14), resultando em oito mortos. Moradores da cidade formam uma fila para homenagear os mortos no massacre.

O espaço foi divido por grades, deixando um espaço reservado para as famílias. Muitos já ocupam as galerias do ginásio.

Estão sendo veladas no local os alunos Caio Oliveira, 15 anos, Claiton Antonio Ribeiro, 17 anos, Kaio Lucas Costa Limeira, 15 anos, e Samuel Melquiades, 16 anos, além da coordenadora pedagógica Marilena Ferreira Umezo, 59 anos, e da funcionária Eliana Regina de Oliveira Xavier, 38 anos.

O estudante Douglas Murilo Celestino, por motivos religiosos, está sendo velado em uma igreja da Assembleia de Deus.

Jorge Antonio de Moraes, 51 anos, dono da locadora de onde os atiradores roubaram o carro utilizado na ação e tio do Guilherme, também está sendo velado em outro local.

A ajudante geral Cristina Rafael de Souza, 32 anos, levou a filha, de 14 anos, que fez questão de prestar homenagens especialmente para os amigos Samuel e Caio.

O pedreiro Antônio da Paz, 63 anos, foi de Guaianazes, bairro da zona leste paulistana, com um cartaz para pedir paz. “Vim trazer solidariedade para as famílias e trazer esse cartaz pra todo mundo ver que tem muita gente de coração nesse nosso Brasil.”

Jivanete Barbosa, 47 anos, não conhece pessoalmente nenhum dos mortos, mas disse estar abalada, assim como muitos moradores da cidade. “Moro aqui pertinho da escola. Minha filha estudou lá. Ela tem 26 anos. É uma escola muito boa. Eu soube da notícia e fiquei muito assustada. Vim aqui pra homenagear aqui as famílias”.

ATIRADORES

A investigação aponta que Guilherme matou Luiz e depois se matou. Vídeo das câmeras de segurança mostram que Guilherme entra primeiro, saca um revolver calibre 38 da cintura para atirar em pessoas que nem perceberam o ataque.

A polícia faz analise de material recolhido na casa dos atiradores e em uma lan house usada por eles. Os dois teriam pesquisado de forma intensiva ataques semelhantes realizados nos Estados Unidos.

A pesquisa envolve ainda análise de redes sociais para checar com quem eles conversavam e se há mais alguma participação na organização do ataque.

Um amigo de um dos atiradores foi à delegacia e disse que o crime teria sido pensado a pelo menos um ano.