Essa situação é agravada pela prolongada falta de chuvas, que em algumas localidades já ultrapassa os 100 dias. O calor extremo somado à ausência de precipitação tem resultado em níveis de umidade do ar extremamente baixos, comparáveis aos de desertos como o Saara.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou que, na última terça-feira (3), a umidade do ar em 244 cidades brasileiras era equivalente ou inferior à observada no Deserto do Saara, conhecido por ser uma das regiões mais secas do mundo.
Além disso, dez cidades brasileiras apresentaram níveis de umidade próximos aos do Deserto do Atacama, o mais seco do planeta. Essas medições foram realizadas em estações de monitoramento distribuídas pelo país, embora os dados não abranjam todos os municípios brasileiros.
Entre as regiões mais afetadas, o Inmet emitiu um aviso de sinal vermelho para os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e para o Distrito Federal.
Esses locais estão enfrentando uma seca histórica, intensificada por um bloqueio atmosférico que tem dificultado a formação de nuvens e a ocorrência de chuvas. A exceção a essa seca generalizada é o estado do Rio Grande do Sul, que, até o momento, não apresenta os mesmos níveis de aridez das demais regiões.
A situação é resultado de uma série de fatores climáticos, incluindo o calor intenso, a prolongada ausência de precipitação e o mencionado bloqueio atmosférico, que impede a chegada de frentes frias e mantém o tempo seco.
Cuidados
Em condições de umidade tão baixa, as pessoas precisam tomar medidas preventivas para se proteger dos efeitos do tempo seco. Entre as recomendações estão: manter a hidratação constante, ingerindo bastante água ao longo do dia; evitar a exposição ao sol nos horários de pico, geralmente entre 10h e 16h; utilizar umidificadores de ar em ambientes fechados; e evitar atividades físicas intensas ao ar livre durante os períodos mais quentes do dia.
Além disso, é aconselhável o uso de soro fisiológico para manter as vias respiratórias umedecidas e o uso de hidratantes para a pele.
Fonte: Nacional