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'Vacinado e testado' – Empresário de Pompéia vetado em cruzeiro vai pedir indenização

'Vacinado e testado' – Empresário de Pompéia vetado em cruzeiro vai pedir indenização

O empresário Marcio Rogerio Caffer, 49 anos, um dos aproximadamente cem passageiros que não conseguiram embarcar em um cruzeiro com previsão de show da dupla Zezé di Camargo e Luciano, disse ao Giro Marília que já prepara medidas judiciais para pedir indenização por danos morais e materiais.

Vereador na cidade, conhecido como Márcio Café, o empresário afirmou que estava com o comprovante de vacinação e resultado de um teste realizado um dia antes da viagem, com resultado negativo para Covid.

“Foi uma humilhação, uma frustração que eu nunca passei em minha vida”, disse o empresário. Ele afirmou ainda que um grupo com aproximadamente 80 passageiros vetados articula medidas judiciais.

Descobriu o cancelamento da sua cabina quando chegou para o embarque. Afirmou que recebeu imagens e informações da viagem, inclusive que a cabina que ele havia reservado estava ocupada, ou seja, não estaria na lista de restrições de ocupação e distanciamento.

O caso, que teve repercussão nacional, esquentou nesta quinta com a divulgação de que o cantor Luciano afirmou durante a viagem que foram vetados passageiros que estavam sem comprovante de vacina. O empresário nega. Veja o relato dele sobre o caso

– Chegada ao porto
“Dormi em Santos e cheguei ao terminal pouco depois das 9h. Já estava uma fila extensa.

– Lista de embarque
“Uma funcionária da empresa PromoAÇão, chamada Patrícia, veio até mim, me atendeu muito bem, pediu meus dados, número da cabine e Não achou na lista.

– Espera
“Fui levado para uma sala. Já havia alguns casais. Um advogado da empresa veio e falou que a Anvisa limitou o número de passageiros e deu três opções: esperar até 17h, ir embora e receber outra viagem ou receber reembolso sem data definida. Eu disse: vou esperar aqui

Zezé di Camargo e Luiano no navio durante passagem de som – Divulgação/Redes Sociais

– Transtornos
“Chegaram mais pessoas. Deu meio-dia, sem almoçar, a empresa trouxe água, suco e amendoins. Já éramos uns 80”

“A funcionária que estava nos acompanhando disse que precisava sair, eu fui ver: ela embarcou no navio. Veio um rapaz sem informação nenhuma”

“Um casal perto de mim estava com amigos. Eles embarcaram o casal não, mas a mala deles foi. Ficaram sem a viagem e sem as malas.”

“Uma mulher de Sertãozinho começou a passar mal, precisou ser atendida.”

– Tumulto
“Já eram 21h, sem jantar sem nada. Juntaram seguranças da empresa. Quis abrir a porta para ver se o navio ainda estava lá, me seguraram. Tentei registrar o caso na polícia, tem um posto no cais. Não consegui.”

“O funcionário disse que a empresa chamou um ônibus para levar os passageiros até São Paulo. Eu não queria. Estava com meu carro, precisava de um hotel em Santos. Não me arrumaram, eu tive que sair, cansado, com fome e me virar.”