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Vestibular - Venda de vagas em medicina movimentou R$ 5 milhões na região

Policiais durante buscas da operação contra fraude em vestibular
Policiais durante buscas da operação contra fraude em vestibular

O Ministério Público do Estado e a Polícia Civil estimam que um esquema de fraudes com venda de vagas em curso de medicina em cidades do oeste paulista movimentou até R$ 5 milhões em seis meses.

As fraudes foram reveladas nesta sexta-feira com uma operação que prendeu 17 pessoas acusadas de participação na venda das vagas em vestibulares.

A operação atingiu suspeitos em Fernandópolis, Andradina, São Paulo e Presidente Prudente. Foram 55 mandados de busca e apreensão.

Os policiais recolheram computadores, dinheiro, cheques e carros de luxo dos suspeitos, presos em condomínios de luxo.  A apuração começou em 2017 quando diretores de uma Faculdade de Assis, a Fema, revelaram suspeitas em relação a cinco aprovados no vestibular.

A biometria realizada na hora da matrícula não coincidiu com a digital usada no dia da prova, indicando que contratados prestaram o vestibular em nome dos estudantes. Os cinco alunos foram expulsos em 2018 e a Fema ainda procurou a Polícia Civil para registrar a suposta fraude dos alunos. 

A polícia aponta Adeli de Oliveira, de Presidente Prudente, como o principal articulador da fraude. Ele é acusado de vender vagas e transferências por valores que variam de R$ 80 mil a R$ 120 mil por estudante.

Foram presos estudantes e médicos. A investigação ainda apura se havia envolvimento de funcionários das universidades. A Polícia ainda tenta identificar os “clones”, quatro homens e uma mulher que faziam as provas no lugar dos candidatos.