Saúde

Ambulatório de tabagismo faz teste de fisioterapia respiratória em fumantes

Ambulatório de tabagismo faz teste de fisioterapia respiratória em fumantes

Os pacientes do Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa de Misericórdia de Marília vão passar por avaliação de fisioterapia respiratória para identificar informações importantes sobre força muscular, condicionamento físico e função cardiorrespiratória em casos de pessoas com a DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).

O trabalho faz parte da tese de mestrado da fisioterapeuta da equipe do Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa, Valdirene Tenório da Costa Alegria, que está realizando curso de pós-graduação na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro.

“Serão dez sessões de fisioterapia respiratória  aos pacientes do ambulatório que estão em tratamento para largarem o vício do cigarro”.

Entre os testes realizados estarão o de espirometria (grau de obstrução pulmonar), vancometria (força muscular), de Berg (possibilidade de queda), caminhada (por seis minutos), escada (resistência), polar (monitora os batimentos cardíacos), escala de Borghi (mede intensidade da dor, além das funções pulmonar e óssea), dinanometria (força dos membros superior e inferior) e IMC (Índice de Massa Corpórea).

“Em todos os testes é verificada a pressão arterial antes e depois. Também aplicamos um questionário de qualidade de vida. A partir dos resultados obtidos vamos fazer os devidos encaminhamentos”, comentou a fisioterapeuta.

O Ambulatório

Criado há 11 anos, o Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa de Marília é referência para 62 municípios do DRS IX (Departamento Regional de Saúde). Os encaminhamentos são feitos via Secretaria de Estado de Saúde, a partir de pedidos de unidades de saúde (atendimento primário) do SUS (Sistema Único de Saúde).

Cerca de 300 pacientes são atendidos por mês. Novos pacientes passam por triagem inicial às segundas e sextas, das 8h às 10h. Posteriormente, consulta é agendada com a médica Edilaine de Oliveira Miguel.

Inserção em grupo terapêutico com aproximadamente 50 pessoas é o passo seguinte do tratamento. Após quatro sessões (uma por semana), teste com o monoxímetro é realizado para constatar se o paciente conseguiu parar de fumar.

“É uma espécie de um bafômetro que detecta exatamente a quantidade de cigarros que a pessoa fumou, caso isso tenha acontecido. Não tem como mentir”, enfatizou a enfermeira do Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa, Silvia Mara Ferraz de Assis Pinto.

O grupo de manutenção permanece até que seja completado um ano de tratamento. “Se a pessoa passar pelas crises de abstinência e não voltar a fumar, ela recebe alta”, explicou a enfermeira.

A equipe de profissionais do setor do hospital que auxilia as pessoas a deixarem o vício do cigarro ainda conta com a assistente social Clotilde de Carvalho Souza, o terapeuta ocupacional Kléber Renato Pelarigo e a auxiliar administrativa Marta Cristina Yoshida.

O Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa fornece a Bupropiona (medicamento para o controle da ansiedade), a goma de mascar  e os adesivos (que liberam nicotina para evitar crises de abstinência até que haja a desintoxicação do organismo).

“Orientamos as pessoas a buscarem atividade que propicie prazer para substituir o tabagismo. Algumas passam a fazer caminhadas e outras exercícios físicos. Isso ajuda bastante”, finalizou Silvia.