A Secretaria Municipal da Saúde iniciou nesta semana, a campanha de vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano). A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por meninas de 9 a 13 anos.
O vírus HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do de mama e de cólon e reto.
“Adotamos uma estratégia diferenciada para a imunização. Além das unidades de saúde, também estamos promovendo parcerias com as escolas do município para a vacinação das meninas. Pedimos aos pais que fiquem atentos com o calendário de imunização nos estabelecimentos de ensino”, afirma Rachel Ramirez, supervisora da Vigilância Epidemiológica.
Outra novidade deste ano é que a campanha contempla a imunização de mulheres até 26 anos, que estão convivendo com o vírus HIV – transmissor da AIDS.
Segundo a supervisora, os pais podem ficar tranquilos em relação à qualidade da vacina. “Ela é muita segura. Nas ultimas campanhas não registramos nenhuma situação adversa com a vacina em nossa cidade. E além da sua importância, outra vantagem é que esta geração de meninas imunizadas estará praticamente livre de desenvolver o câncer do colo de útero”, destaca Ramirez.
Para receber a dose, é só apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção. A segunda deve ser tomada seis meses depois, e a terceira, cinco anos após a primeira dose.
HPV
O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relações sexuais. Por tratar-se de um vírus que se transmite com muita facilidade, considera-se que o HPV seja a infecção sexualmente transmitida mais comum no mundo, com quase todas as pessoas sexualmente ativas tendo contato com o vírus em algum momento da sua vida.
Na grande maioria, o HPV cura-se espontaneamente, mas em algumas mulheres eles produzem lesões que podem desencadear o câncer de colo do útero.
O HPV também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estima-se que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido ao câncer de colo do útero. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 15 mil novos casos e cerca de 4,8 mil óbitos nesse ano.