Saúde

Cientistas criam híbrido da Covid em laboratório nos Estados Unidos

Cientistas criam híbrido da Covid em laboratório nos Estados Unidos
 

Pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, publicaram um estudo sobre o coronavírus. O trabalho combinou geneticamente a variante Ômicron do vírus causador da Covid-19 com a versão original do Sars-CoV-2, criando um híbrido.

De um lado, houve uma reação ao experimento com críticas. Do outro, cientistas reforçaram o objetivo da pesquisa em desvendar o funcionamento do vírus.

A preocupação de parte da comunidade foi por conta do vírus criado apresentar uma taxa de letalidade de 80% em testes com camundongos. Ainda assim, os cientistas ressaltam que a mortalidade foi menor que aquela observada pela cepa ancestral do vírus, descoberta ainda em 2019, que levou 100% dos animais ao óbito.

Segundo os pesquisadores da universidade, o estudo foi conduzido para entender o que leva a Ômicron a ser menos patogênica, ou seja, provocar quadros da doença menos graves.

Com camundongos, os pesquisadores observaram que não era a proteína S que tornava a Ômicron menos grave. Isso porque a mutação de fato levou o vírus quimérico a conseguir infectar mais facilmente as células humanas.

Outro ponto que aumentou a polêmica sobre o caso foi o aval do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAD). Isso porque, embora o projeto tenha sido aprovado, os pesquisadores recebem financiamento do NIAD e, por isso, precisariam ter esclarecido os detalhes do estudo com o órgão antes de conduzi-lo.

Os cientistas do NEIDL emitiram comunicado em que afirmaram terem seguido todas as diretrizes do NIAD e explicaram que aquela pesquisa específica não utilizou verba do instituto, tendo sido financiada exclusivamente pela universidade.

Eles destacam ainda que um motivo que poderia levar à necessidade de detalhamento prévio com o NIAD seria um “ganho de função” no experimento, porém isso não teria acontecido no estudo.

Fonte: IG SAÚDE