Saúde

Dois estudos sugerem que anticorpos podem neutralizar Covid-19

Dois estudos sugerem que anticorpos podem neutralizar Covid-19


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coronavírus
Divulgação
Resultados foram obtidos em macacos, que compartilham 93% do código genético com seres humanos

Quem já pegou a Covid-19 está imune a uma segunda infecção? Essa é a pergunta que laboratórios de todo o mundo tentam desvendar. Sendo este um vírus que saltou há pouco mais de seis meses para seres humanos, novas descobertas são feitas todos os dias. Segundo dois novos estudos publicados na revista científica Science, quem já contraiu o novo coronavírus Destá imune.

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Os estudos foram feitos pelo Centro Médico de Israel, que também está trabalhando em uma vacina. Segundo experimentos feitos em macacos, anticorpos garantem imunidade para aqueles que já contraíram a doença.

Segundo o virologista Dr. Dan Barouch, chefe de desenvolvimento da vacina no Centro Médico de Israel, o próximo passo é comprovar a imunidade em seres humanos. A equipe está confiante, uma vez que macacos e seres humanos compartilham 93% do código genético. 

“Temos que ser cuidadosos com previsões para seres humanos, mas posso dizer que os dados aumentaram o nosso otimismo sobre uma imunidade natural”, afirma o virologista ao Boston Globe. Nenhum dos estudos determina o tempo médio da imunidade.

O laboratório liderado por Barouch está trabalhando em uma vacina experimental com a Johnson & Johnson, com o aporte de mais de US$ 1 bilhão de outras companhias biomédicas.

O estudo prático

Nove macacos adultos foram infectados com o Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. A doença logo se espalhou pelo sistema respiratório, causando pneumonia em todas as cobaias. Em 28 dias, os macacos estavam curados.

Uma semana depois, pesquisadores tentaram contaminar os mesmos macacos pela segunda vez. Nenhum deles desenvolveu a doença. “Suspeitamos que a proteção natural que o corpo desenvolve após a recuperação da Covid-19 tenha neutralizado a doença. A maioria dos vírus tem esse comportamento, mas não todos”, afirma Barouch, que cita o HIV como exceção.

Fonte: IG SAÚDE