Saúde

Futuros médicos ignoram diagnósticos básicos em prova; veja principais erros

Futuros médicos ignoram diagnósticos básicos em prova; veja principais erros

O exame promovido pelo Cremesp (Conselho de Medicina do Estado de São Paulo) revelou série de erros básicos em diagnósticos de casos comuns e considerados frequentes de atendimento público.

A informação está no quadro geral dos resultados divulgado pelo Conselho, que luta para transformar o exame em prova obrigatória para exercício da medicina. O exame deste ano reprovou 48% dos médicos recém formados.

“Muitos dos recém-formados desconhecem o diagnóstico ou tratamento adequado de casos básicos e problemas de saúde frequentes, como tratamento inicial do infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial; crise de asma brônquica do adulto e criança”, diz o Conselho.

Os erros envolvem ainda falhas no atendimento inicial de vítima de acidente automobilístico; diagnóstico de hipertireoidismo, conduta na cetoacidose diabética e na identificação de quadro de doenças mentais (esquizofrenia, distúrbio bipolar), entre outros casos.

Confira o resultado dos erros que mais chamaram a atenção dos examinadores e o resultado final por área de avaliação:

78% não acertaram a manifestação laboratorial no caso da Insuficiência Renal Crônica;

61% erraram ao apontar o principal fator para redução de risco cardiovascular no tratamento de hipertensão arterial;

64% dos participantes erraram na conduta terapêutica na Asma Brônquica em criança;

63% não acertaram tratamento do infarto agudo do miocárdio sem elevação do ST-T no eletrocardiograma. Este tipo de infarto representa, pelo menos, 40% daqueles pacientes com IAM que chegam ao PS;

72% não acertaram as principais características no caso de Transtorno Bipolar;

73% não souberam identificar principais características no caso de paciente com Esquizofrenia;

60% não acertaram a conduta para o tratamento da Asma Brônquica em adulto;

60% erraram o diagnóstico de Doença de Graves, uma das formas mais frequentes de Hipertiroidismo;

60% não acertaram o tratamento da Cetoacidose Diabética.