Saúde

Gerações sem cobertura vacinal adequada sofrem com surtos de caxumba: previna-se

Infectologista Luciana Sgarbi, técnica responsável pela ProVacinas
Infectologista Luciana Sgarbi, técnica responsável pela ProVacinas

Marilia e região, como muitas outras cidades do Estado, vivem neste ano uma série de surtos de caxumba, uma doença tida como antiga, mas que pegou muitos jovens no final da adolescência e adultos. Os pacientes são vítimas de um vácuo de cobertura vacinal E gerações que ficaram sem doses corretas e agora manifestam a doença.

A infectologista Luciana Sgarbi, docente da disciplina de infectologia da Famema e responsável técnica pela Provacinas, explica que desde a década de 90 a vacina tríplice viral, que imuniza contra Sarampo, Caxumba e Rubéola, foi progressivamente introduzida no calendário básico do programa nacional de imunizações, porém como dose única.

A segunda dose, que seria o recomendado, somente nos últimos anos foi incorporada ao programa. Outro dado importante é que as gerações anteriores ficaram sem cobertura vacinal.  

“Como temos um grande número de pessoas não vacinadas ou vacinadas de forma incompleta, com apenas uma dose, isso cria a possibilidade de surtos quando ocorre um caso novo. Esta doença é transmissível de pessoa a pessoa a partir de secreções respiratórias de uma pessoa doente. Desde 2015 vem sendo notificado aumento progressivo do número de casos desta doença em diversos municípios.”

A doença se caracteriza por inflamação da glândula salivar, localizada na face, próxima das orelhas, levando ao inchaço desta região, dor local dificuldade para abrir a boca e para mastigar, além de febre e dores de cabeça.

Raramente atinge situações de maior risco, que podem incluir meningite, inflamação dos testículos (orquite) e dos ovários (ooforite), podendo nos casos mais graves levar à esterilidade.

Não há remédio. O tratamento é destinado apenas aos sintomas. Em alguns casos pode se manifestar por etapas: primeiro de um lado de rosto,  depois atinge o outro lado e na evolução pode comprometer os testículos ou ovários, prolongando a evolução da doença.

Em regra, a caxumba não deixa sequelas, mas por sua força de transmissão, pelas dores e comprometimento do estado geral do paciente leva ao afastamento do trabalho, estudos e compromissos.

A pessoa com caxumba deve se manter afastada de suas atividades pois ela transmite a dença por até nove dias após o início da febre. A cidade registrou casos de estudantes que perderam o Enem por causa da doença.

A vacinação segue disponível na rede pública  para a maior parcela da comunidade e também está disponível em clínicas particulares.

Para mais informações acesse www.provacinasmarilia.com.br, a página da médica no Facebook (CLIQUE AQUI) ou entre em contato pelo telefone 3433-0268