Subir o som da música pode reduz a tensão, relaxar batimentos cardíacos e se tornar uma ferramenta de apoio ao tratamento dentário de pacientes mais nervosos.
A conclusão está em uma pesquisa que envolveu profissionais da Universidade de Oxford (Inglaterra), Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Medicina do ABC e grupo de pesquisa da Unesp de Marília.
Segundo o professor e pesquisador Vitor Engracia Valenti, da Unesp, o grupo acompanhou 50 voluntários atendidos nos consultórios de Juazeiro do Norte. Eles foram divididos em dois grupos.
O primeiro grupo escutou Träumerei” Kinderszenen Op. 15-7, de Robert Schumann, com fone de ouvido durante o tratamento. O segundo grupo não ouviu música, mas permaneceu com fone de ouvido desligado, uma espécie de efeito placebo, e foi submetido ao procedimento dentário.
“O grupo exposto à música mostrou resposta de estresse atenuada em comparação ao grupo placebo.” A análise de cortisol salivar, hormônio que indica nível de estresse, não mostrou diferenças significantes, mas a atividade cardíaca foi bastante reduzida para quem ouviu música.
Além das respostas positivas, o estudo é estimulado pela falta de contraindicações ao uso das músicas, com ressalvas. “Há fatores que precisam ser considerados no consultório, como a preferência musical do paciente e a confirmação de que a música não atrapalha o desempenho do dentista”.
O grupo tem estudado os efeitos da música e do som sobre o coração em outros dois projetos: os efeitos da música sobre a resposta cardíaca induzida por medicamentos e também os efeitos do ruído de trânsito sobre o coração.