A líder técnica do Programa de Emergências da OMS, Maria van Kerkhove, disse afirmou que nenhuma das pesquisas de sequenciamento do Sars-Cov-2 apontou a possibilidade de mutação do vírus e, portanto, o novo coronavírus não está se tornando mais perigoso ao longo do tempo. Ela, porém, reforçou que a batalha contra a Covid-19 está “longe de acabar”.
Em entrevista coletiva na sede da Organização Mundial da Saúde (OMS), Kherkhove afirmou que pesquisadores de todo o mundo já conseguiram sequenciar mais de 40 mil exemplares do novo coronavírus (Sars-Cov-2)
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“Os cientistas estão buscando se há mutações no vírus”, disse a epidemiologista. “Nenhuma das alterações identificadas até o momento indicam que o vírus esteja se mutando e alterando sua capacidade de transmitir ou causar doenças mais graves.”
No entanto, a líder do programa de emergências alertou: a Covid-19 continua a devastar o mundo, com os surtos agora se movendo para países mais pobres, como México e Brasil, depois de devastar países mais ricos, como Itália e Estados Unidos.
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Van Kerkhove disse que o cansaço e o relaxamento da higiene social ainda podem representar uma ameaça significativa, alertando que a pandemia está “longe de terminar”.
“As pessoas se cansam. É muito difícil manter todas essas medidas e precisamos permanecer fortes e vigilantes para manter o governo e as pessoas totalmente engajadas”, acrescentou.
“Em algumas situações, essas medidas de saúde pública e sociais podem precisar ser reintroduzidas e isso pode frustrar as pessoas, o que é completamente compreensível”, continuou. “E isso, em certo sentido, pode tornar o vírus mais perigoso porque as pessoas se tornam complacentes.”