Uma nova onda de público chega às academias, embalada por amigos, prevenção e, especialmente, orientação médica: a melhor idade e uma animada parcela de aposentados divide os equipamentos e espaços com o tradicional público jovem.
O novo perfil de consumo que cresce com suporte de tecnologia nos equipamentos e sistemas de prática esportiva e com profissionais cada vez mais especializados. Atividades como o pilates e uso de exercícios com mais mobilidade e condicionamento que agrada, atrai e oferece opções de prevenção de problemas ou recuperação de lesões ou dores comuns nesta faixa etária. E o mercado ainda deve crescer.
“Ainda é um paradigma a ser quebrado, em Marília eu acredito que não tenha ainda nenhuma academia especializada para a terceira idade”, afirmou o empresário Daniel Herrera Oikawa, dono da academia RBV. Segundo ele, o que mais leva idosos à academia ainda é a orientação médica.
O pilates, técnica de alongamento e fortalecimento muscular, oferece atividades com bolas, elásticos, molas e controle de equilíbrio, respiração e coordenação motora.
A fisioterapeuta Jaqueline Corrêa Amadeu diz que não há contra-indicação. “Toda pessoa da terceira idade pode realizar um exercício físico, mas sempre dentro do seu limite e do seu objetivo.” Ela explica que na terceira idade qualquer atividade física é importante porque melhora a independência e mobilidade para evitar quedas.
“Não existe restrição dentro da academia, mas para o pessoal dessa faixa de idade é mais seguro fazer uma musculação, devido o risco de lesão ser bem pequeno, a atividade aeróbica também é recomendada, mas o risco de lesão é um pouco maior”, informou o educador físico Rodolfo Rossi.
Rodolfo diz que o corpo humano funciona como uma máquina em que a produtividade cresce até aproximadamente os 30 anos, quando começa redução de produção hormonal, perda muscular, queda no metabolismo e acúmulo maior de gordura, “Um idoso que comece a praticar uma atividade física regularmente aumenta a disposição em duas semanas.”