Quer parar de fumar? Entre na fila e aproveite um projeto de muito sucesso. O programa público de atendimento a fumantes em Marília tem pelos menos 250 pessoas esperando uma vaga para receber orientações e medicamentos de um trabalho consagrado que hoje atende no Ambulatório de Tabagismo da Santa Casa de Marília com pacientes de até 67 cidades.
Fumantes tornam-se dependentes da nicotina, uma substância que atua no sistema nervoso central e chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. Quem fuma e procura o tratamento busca força de vontadw e autoestima para deixar o vício.
O projeto iniciou o atendimento em 2008, em parceria com o Ministério da Saúde e faz toda a cobertura pelo SUS (Sistema Único de Saúde), sem custos aos cadastrados. Em torno de 64% dos pacientes abandonam o cigarro. O tratamento leva no mínimo um ano.
Com o programa da Santa Casa, a cidade chegou a ter dois projetos de suporte aos fumantes. A Famema manteve o serviço entre 2000 e 2012 com aproximadamente 4.000 pessoas cadastradas. Neste período, o atendimento serviu de apoio para implantação do programa em Adamantina, Garça, Pompeia e Tupã, segundo assessoria de comunicação da Famema.
No cigarro existem cerca de 4700 substâncias tóxicas que podem causar diversos males. Quem fuma tem risco dez vezes maior de adoecer de câncer de pulmão, cinco vezes maior de sofrer infarto e cinco vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). Deixar de fumar exige dedicação e comprometimento.
“Os pacientes passam por uma triagem, na qual é feito um teste chamado teste de Fagerstron, com perguntas para saber há quanto tempo fumam? Quantos cigarros por dia? Depois disso eles passam por uma consulta para avaliar o que cada um precisa no tratamento, se é necessário adesivo, medicamento, só então os encontros começam”, explica a clínica geral Edilaine de Oliveira Miguel, responsável pelo tratamento.
O programa de tratamento começa com uma palestra que explica o método e as exigências do programa. A partir daí começa uma série de reuniões de orientação, discussão em grupo e avaliação.
Os cadastrados recebem medicamentos de suporte, como adesivos que liberam nicotina de forma lenta para combater a dependência. Todos são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos aos pacientes a cada semana durante as reuniões.
Além das conversas e discussões, o avanço é acompanhado com o uso do monoxímetro, aparelho que mede volume de monóxido de carbono no organismo e acusa se a pessoa está fumando e em qual quantidade.
“Se não for constatada uma diminuição e a pessoa não parar de fumar ela é desligada do grupo, já que a procura pelo tratamento é grande e precisamos conseguir atender a demanda.”, afirma a médica. O paciente só pode faltar apenas a um dos encontros durante todo o tratamento.
Atualmente 150 pessoas já estão em tratamento e outras 50 iniciaram no dia 7 de outubro. Quem quiser parar de fumar através do tratamento pode entrar em contato com a Santa Casa no telefone 3402-5555 e pedir mais informações. Não há limite de idade, qualquer pessoa fumante pode procurar pelo programa.