Saúde

Santa Casa de Marília atinge 15 mil cirurgias cardíacas

Cardiologista clínico Eraldo Antônio Pelloso e cirurgiões cardíacos Rubens Tofano de Barros, Sérgio Marques Pereira, Marcos Gradim Tiveron – Divulgação
Cardiologista clínico Eraldo Antônio Pelloso e cirurgiões cardíacos Rubens Tofano de Barros, Sérgio Marques Pereira, Marcos Gradim Tiveron – Divulgação

A Santa Casa de Misericórdia de Marília atingiu a marca de 15 mil procedimentos cirúrgicos cardíacos realizados. O hospital faz em média 400 cirurgias por ano, a maioria para revascularização do miocárdio, popularmente conhecida como ponte de safena. 

O serviço de cirurgia cardíaca de Marília foi criado em 1980. Os pioneiros foram os médicos Antônio Pena (vinculado à equipe até recentemente), Rubens Tofano de Barros, Orilto Vanin, Sidônio Quaresma, George Nazari e João Carlos Ferreira Braga.

Atualmente, a equipe médica é formada pelos cirurgiões Rubens Tofano de Barros, Sérgio Marques Pereira, Marcos Gradim Tiveron e o cirurgião clínico Eraldo Antônio Pelloso. Ao longo de 36 anos, profissionais de destaque na cardiologia nacional passaram pelo serviço especializado.

Além dos procedimentos eletivos (agendados), o hospital realiza também cirurgias de urgência. São atendidos pacientes do SUS, convênios e particulares. O hospital é a porta de entrada para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), quando o médico regulador e a equipe que está na ambulância constatam infarto ou outras complicações cardíacas.

O cirurgião Rubens Tofano explica que pelo menos 40% dos procedimentos visam a revascularização do coração, ou seja, uma intervenção necessária quando as artérias não conseguem mais fornecer sangue suficiente para bombeamento.

“Temos grande demanda também por implante de marca-passo e cirurgias valvares. O cenário econômico ainda é muito adverso, mas um caminho foi pavimentado e nos últimos anos observamos avanços importantes como a melhoria do centro cirúrgico; primeiro a estrutura de equipamentos e agora a estrutura física. Temos ainda o processo de Gestão da Qualidade e um diálogo cada vez maior com as outras áreas “, destacou.

O médico explica que a revascularização é realizada, tradicionalmente, mediante a circulação extracorpórea, ou seja, substituição das funções do coração e pulmões por uma máquina que permite a interrupção temporária dos batimentos. Entretanto, casos favoráveis podem ser tratados cirurgicamente com o coração batendo, sem o uso da máquina.

A equipe de cirurgiões também se destaca pelo envolvimento e a contribuição na comunidade científica. Todos os médicos já participaram de pesquisas relevantes, com impacto no Brasil e no exterior. Participam ainda de eventos nacionais e internacionais nas áreas de cirurgia cardíaca, favorecendo inclusive a formação de novos especialistas.