Saúde

Santa Casa espera aumento do SUS; ministro descarta novos recursos

Dirigentes da Confederação de hospitais durante encontro – Divulgação
Dirigentes da Confederação de hospitais durante encontro – Divulgação

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse a dirigentes de hospitais e entidades filantrópicas de atendimento em saúde que “nesse momento de crise não há perspectiva de novos recursos” para o setor mas prometeu empenho para atender os hospitais.

A informação foi prestada durante encontro com participação de dirigentes da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, representantes das 25 maiores entidades e membros do Conselho Consultivo da entidade federal.

A superintendente da Santa Casa de Marília, Kátia Ferraz Santana, participou do encontro e representou o provedor Milton Tédde, que ocupa uma cadeira no conselho fiscal da Confederação. Ela foi acompanhada da coordenadora de captação de recursos do hospital, Márcia Freitas.

Kátia declarou apoio à pauta da CMB e destacou uma demanda específica de Marília. “Há um pedido já em trâmite para o aumento do teto do Sistema Único de Saúde para a Santa Casa de Marília. Além disso, também é do interesse da população atendida pela rede pública que seja ampliado o financiamento aos filantrópicos”, disse.

O ministro disse que vai atuar no que “estiver ao alcance do Ministério”, estabelecendo boa convivência entre o governo e as instituições. Ele declarou ainda que há uma grande preocupação em encontrar um caminho para solucionar os problemas do segmento.

Barros reconheceu que as Santas Casas e filantrópicos são parte importante do sistema de saúde, especialmente em relação à equação financiamento x resultado.

“Sabemos que as Santas Casas têm um custo menor do que os hospitais públicos e é um modelo que deve ser reforçado. Mas, precisamos encontrar uma solução para o financiamento. Estou empenhado que o governo garanta o que está previsto no orçamento da União para a Saúde”, afirmou.

Edson Rogatti, presidente da CMB e Fehosp (federação paulista), explicou as dificuldades com o endividamento, a necessidade de financiamento e as linhas de crédito oferecidas pelos bancos de fomento, como BNDES e Caixa Econômica Federal. Ele pediu o apoio ao PL 744/2015, que cria o Programa Pró-Santas Casas.

Rogatti disse que a expectativa é que os grupos de trabalho entre a CMB e o Ministério da Saúde sejam recriados e reforçados, para buscarem soluções que sejam boas para ambos.