Saúde

Santa Casa faz 86 anos com 62% de atendimentos pelo SUS e foco em qualidade

Santa Casa faz 86 anos com 62% de atendimentos pelo SUS e foco em qualidade

A Santa Casa de Marília completa 62 anos nesta quarta-feira com 62,53% dos atendimentos pelo SUS, capacidade de 186 leitos, dos quais 39 em UTIs e atendimento para 62 municípios. O tema da celebração segundo a instituoição é busca por qualidade e humanização do atendimento.

É um desafio não só pela difícil situação da saúde em todo o país, com maior demanda que recursos, mas também pelo momento da cidade, que vive uma epidemia histórica de dengue que superlotou estruturas de atendimento em todas as instituições, inclusive a Santa Casa.

Em 2014, o hospital registrou 3.871 internações de pacientes do sistema único de saúde, uma média de 323 por mês. Em diárias de internação produzidas, foram 19.020 no ano, ou seja, média mensal de 1.585 pacientes/dia. São 355 médicos e 994 funcionários.

Mas os números de atendimento não são o principal foco da comemoração. Em meio a uma sensação geral de crise em todos os serviços de saúde, a Santa Casa busca consolidar imagem de referência e estabeleceu como meta conquistar certificados de qualidade e consolidar modelo de assistência e gestão baseado na humanização.

Em 2014, a instituição assinou a adesão ao Programa de Revitalização dos Hospitais Filantrópicos. A meta é a obtenção, até o final de 2016, do Certificado de Qualidade do CQH (Compromisso pela Qualidade Hospitalar).

Para isso, a instituição aprimora a normatização de processos, revê fluxos, realiza pesquisa de clima com seus colaboradores e de satisfação com os usuários. Além disso, adota diferentes práticas de humanização, que envolve desde acolhimento nas recepções, aos eventos promovidos nas datas comemorativas, atuação do serviço social, hotelaria e ouvidoria, classe hospitalar.

INTEGRAÇÃO

Para o provedor da Santa Casa de Marília, empresário Milton Tédde, a instituição superou diferentes momentos graças à integração com a comunidade. “Ao longo do tempo, o sustentáculo da nossa instituição filantrópica foi o envolvimento dos empresários dos setores comercial, industrial e dos agronegócios, além de profissionais liberais experientes e bem sucedidos em suas áreas”, destacou o provedor.

Além do provedor, a gestão envolve o trabalho de uma diretoria executiva, constituída pela superintendência, com Kátia Feraz Santana, e diretores Administrativo-financeiro, Sérgio Stopato Arruda; Gestão e Desenvolvimento, Márcio Mielo; diretora Técnica, Ismênia Torres e diretor clínico, Valdeir Fagundes de Queiroz.

Para Kátia Santana, a Santa Casa não perdeu o foco de sua missão e aprendeu a administrar a principal adversidade. “O financiamento tem sido o maior desafio em nosso segmento. Procuramos cobrir o déficit operacional do SUS com o resultado dos atendimentos a convênios e com subvenções públicas. Para investimentos, procuramos captar recursos através de subvenções, doações e parceria com os fornecedores”, disse a superintendente.