A Secretaria Municipal da Saúde anunciou nesta terça-feira um pacote de ações para combater a leishmaniose em Marília. O programa prevê a formação de um comitê de gestão das medidas de controle da doença e uma agenda de atividades.
Entre as medidas já anunciadas está um mutirão de limpeza em quintais e terrenos, poda de árvores, destino adequado aos resíduos sólidos, controle e/ou erradicação das criações de aves, suínos e outros animais de produção em áreas urbanas.
No dia 20 um novo encontro terá participação dos secretários do meio ambiente, educação e assistência social para organizar campanha multidisciplinar de orientação e envolver também ONGs de proteção animal.
A leishmaniose é uma doença que atinge especialmente cachorros e pode contaminar humanos. é transmitida pelo mosquito “palha”. A supervisora da vigilância epidemiológica, Alessandra Arrigoni Mosquini, esclareceu que a situação da doença na cidade é endêmica e que, caso não seja elaborada uma estratégia de combate e prevenção Marília pode chegar a uma epidemia.
Ainda sobre as ações imediatas, a supervisora acrescenta a importância do protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde, que prevê entre outras iniciativas, a vigilância e atenção aos pacientes, ações educativas e o manejo ambiental.
O coordenador de controle de zoonoses de Marília, Lupércio Garrido, enfatizou que os riscos são iminentes caso não existam políticas públicas imediatas.
Lupércio, que é médico veterinário, explicou que será fundamental que a administração da cidade estabeleça um cronograma de trabalho envolvendo a saúde, educação, meio ambiente e até assistência social.
O coordenador da medicina veterinária da Unimar, Fábio Manhoso, colocou o hospital veterinário, assim como professores, residentes e alunos, à disposição do projeto.
“Além da participação da UNIMAR, contaremos com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo que já acompanha a criação do código zoosanitário da cidade”.
“A guarda responsável dos animais e manutenção da higiene nas residências é fundamental, testes rápidos para diagnóstico da doença também será o diferencial nesse processo”, destacou. .
Participaram da reunião o prefeito Daniel Alonso, a secretária municipal da saúde, Kátia Ferraz Santana, secretário da educação Beto Cavallari, o coordenador de zoonoses Lupércio Garrido, supervisora da vigilância epidemiológica Alessandra Arrigoni Mosquini, representantes da SUCEN, agentes de saúde e vereadores.