O estado de São Paulo registrou oito mortes por febre amarela desde o início do ano, segundo a Secretaria de Saúde. Desse total, três são casos autóctones (cujas infecções ocorreram dentro do estado) e foram confirmados nos municípios de Américo Brasiliense, Batatais e Araraquara.
A oitava morte ocorreu no último dia 10, em Araraquara, região central do estado. A prefeitura da cidade informou que vai intensificar a vacinação nos postos de saúde e na área rural. De acordo com a Secretaria de Saúde do município, 16 mil moradores ainda não receberam uma das doses necessárias para a plena imunização. A vacina pode ser encontrada em todas as unidades de saúde do município.
Há também cinco mortes confirmadas que são importadas, ou seja, as infecções ocorreram fora do estado, todas em Minas Gerais. As notificações foram em Santana do Parnaíba, três na capital e uma em Paulínia.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais. A imunização não é indicada para gestantes, mulheres amamentando, crianças com até seis meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo).
Em nota à imprensa divulgada ontem (16), o Ministério da Saúde informou que não há evidência de febre amarela urbana no Brasil. O último caso foi registrado em 1942. A pasta informa ainda que tem feito coleta de mosquitos nas áreas afetadas para verificar a presença do vírus. “Nessa vigilância entomológica, não foram encontrados insetos infectados nas áreas urbanas”, diz a nota.
Segundo o ministério, todas as medidas de contenção do surto têm sido realizadas, com o envio de 16 milhões de doses de vacina contra febre amarela para as áreas afetadas, além das 3,6 milhões de doses para a vacinação de rotina nos 19 estados que registram a circulação silvestre da febre amarela desde o início do ano.