Saúde

Síndrome metabólica e estudantes de nutrição

PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM ESTUDANTES DE NUTRIÇÃO: comparação entre diferentes critérios de diagnóstico

A Síndrome Metabólica é caracterizada por um conjunto de distúrbios, tendo como fatores a dislipidemia (triglicérides elevado e HDL-Colesterol baixo), hipertensão arterial, glicemia de jejum alterada e obesidade abdominal. Estes distúrbios associados tornam-se riscos potenciais para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, o que faz a Síndrome Metabólica ser hoje um dos maiores desafios para a saúde pública em todo o mundo. 

A Síndrome Metabólica é consequência da modernidade, marcada pela transição do desnutrido para excesso de peso e das comidas caseiras para os fast-foods e alimentos industrializados. 

Considerando que a Síndrome Metabólica aumenta a mortalidade cardiovascular em cerca de 2,5 vezes e a mortalidade total em cerca de 1,5 vezes, torna-se imprescindível seu diagnóstico precoce e adequada intervenção.

Vários critérios para diagnóstico da Síndrome Metabólica já foram propostos por diversas organizações nas últimas décadas. Um dos critérios foi proposto pelo National Cholesterol Education Program’s – Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III) em 2002, o qual é recomendado pela I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica.

Em 2006, a International Diabetes Federation (IDF) propôs outro critério, o qual foi recomendado pela IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose, lançada no ano seguinte. Mais recentemente, em 2009, a IDF e a American Heart Association / National Heart, Lung, andBloodInstitute (AHA/NHLBI) se uniram na tentativa de conciliar as diferentes definições clínicas apresentadas nos critérios propostos até então e assim propuseram um critério unificado para o diagnóstico de Síndrome Metabólica. 

Embora se reconheça a importância do diagnóstico da Síndrome Metabólica, até o momento prossegue o debate sobre qual destes critérios usar para tal.  Neste panorama, buscou-se estudar a prevalência de Síndrome Metabólica em jovens de acordo com os três critérios de diagnóstico supracitados. Os dados coletados mostraram que não há diferença significativa na prevalência da Síndrome Metabólica quando se usa um ou outro critério diagnóstico, havendo uma boa correlação entre eles. Isto sugere que, enquanto não houver consenso em relação aos critérios para o diagnóstico da Síndrome Metabólica, o profissional poderá escolher para uso aquele que preferir.

Nathalia Fernanda Perpetuo Pereira – Acadêmica do curso de Nutrição da Universidade de Marília. Bolsista PIIC/UNIMAR.
Profa. Dra. Cláudia Rucco Penteado Detregiachi – Orientadora. Docente da Universidade de Marília.
Financiamento – PIIC/UNIMAR