Saúde

Tecidos adiposos podem ser aceleradores da Covid-19, diz pesquisa

Tecidos adiposos podem ser aceleradores da Covid-19, diz pesquisa


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tentáculos do novo coronavírus
ELIZABETH FISCHER, MICROSCOPY UNIT NIH/NIAID
Pesquisa da Unicamp afirma que presença de tecidos que armazenam gordura podem potencializar Covid-19


Uma pesquisa ainda não publicada afirma que a Covid-19 , doença transmitida pelo  novo coronavírus (Sars-CoV-2), é “atraída” por tecidos adiposos (ou seja, que armazena gorduras). Quem afirma são pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).


Isso significa que pacientes que tenham mais tecidos adiposos em seu organismo são mais suscetíveis a terem quadros graves da Covid-19. É o caso, principalmente, de pessoas idosas e obesas.

Se comprovado, esse pode ser o indicador para entender melhor o motivo dessas pessoas serem consideradas como de risco.

“Temos células adiposas espalhadas por todo o corpo e os obesos as têm em quantidade e tamanho ainda maior. Nossa hipótese é a de que o tecido adiposo serviria como um reservatório para o SARS-CoV-2”, afirma o professor do Instituto de Biologia (IB) e coordenador da pesquisa, Marcelo Mori.

Por terem mais tecidos adiposos, a carga viral de pessoas obesas seria maior, mas os pesquisadores ainda devem confirmar se o vírus é capaz de sair da célula após ser replicado. Também é necessário pesquisar se outras células são infectadas pelo processo.

O estudo também afirma que, se envelhecidos, o “efeito” desses tecidos na Covid-19 é potencializado. A carga viral fica três vezes maior 24 horas após a infecção.

“Usamos a radiação UV para induzir no adipócito um fenômeno conhecido como senescência, que ocorre naturalmente com o envelhecimento. Ao entrarem em senescência, as células expressam moléculas que recrutam para o local células do sistema imune. É um mecanismo importante para proteger o organismo de tumores, por exemplo”, explica o coordenador.

Além dos tecidos adiposos, comorbidades como diabete, hipertensão e outras doenças crônicas podem contribuir com o risco maior desses grupos.

Fonte: IG SAÚDE