A potencial vacina contra o novo coronavírus (Sars-coV-2) da AstraZeneca provavelmente fornecerá proteção contra a infecção por cerca de um ano, disse o presidente da empresa, Pascal Soriot, em uma estação de rádio belga na última terça-feira (16).
A farmacêutica britânica já iniciou os testes em humanos da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, com um estudo de fase 1 no Reino Unido prestes a ser concluído em breve e um estudo de fase 3 já iniciado, afirmou ele à emissora Bel RTL. “Acreditamos que ela irá proteger por cerca de um ano”, disse Soriot.
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A AstraZeneca informou no sábado que assinou contratos com França, Alemanha, Itália e Holanda para fornecer até 400 milhões de doses da vacina em potencial à União Europeia. Os países pagarão 750 milhões de euros (mais de R$ 4 bilhões) como parte de um acordo europeu para garantir o fornecimento da droga. A empresa também fechou acordos com o Reino Unido e os Estados Unidos.
“Se tudo correr bem, teremos os resultados dos ensaios clínicos em agosto/setembro. Estamos fabricando em paralelo. Estaremos prontos para entregar a partir de outubro, se tudo correr bem”, acrescentou.
Alemanha e a CureVac
A Alemanha participará da empresa de biotecnologia CureVac, que está trabalhando em uma vacina Covid-19 , afirmou o ministro da economia do país, Peter Altmaier.
O governo de Berlim adquirirá uma participação de 23% pelo valor de 300 milhões de euros, segundo Altmaier. A medida veio após tentativas relatadas pelo governo dos EUA de adquirir a CureVac ou seus ativos em março, o que provocou uma reação de Berlim, que expressou apoio para manter a CureVac alemã.
Altmaier disse que o governo queria fortalecer os setores de ciências e biotecnologia na Alemanha e que Berlim não teria nenhuma influência sobre a estratégia de negócios da CureVac:
“O governo federal alemão decidiu investir nessa empresa promissora porque espera que isso acelere os programas de desenvolvimento e forneça os meios para aCureVac aproveitar todo o potencial de sua tecnologia”, disse o ministro, acrescentando que a transação não exigiria a aprovação da UE.
“Com esse investimento, pretendemos dar segurança financeira a CureVac para que ela possa continuar trabalhando na produção de vacinas com o mesmo compromisso”, afirmou ele em entrevista coletiva.
Uma fonte do governo disse que a medida reflete as preocupações alemãs de depender demais de fornecedores no exterior para produtos e equipamentos de saúde.