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Aniversário Solidário lembra Gabriel e leva doadores ao Hemocentro; vá doar

Aniversário Solidário lembra Gabriel e leva doadores ao Hemocentro; vá doar

A partir desta terça-feira e até sábado uma campanha por doação de sangue e cadastro para doar medula óssea vai transformar o gesto de cidadania em um ato de celebração da vida, que lembra a luta do estudante Gabriel Cardoso, falecido em 2010, e cresce a cada ano.

O Aniversário Solidário promovido pela família do estudante há sete anos cresceu em 2019 com apoio de publicações e distribuição em redes sociais. Kátia Dall Evedove Cardoso, mãe de Gabriel, e Mariana Cardoso, irmã, organização a ação, levam bolo, suco, decoração e lembranças aos doadores.

Mariana e Kátia, irmã e mãe de Gabriel, na abertura da campanha Aniversáro Solidário

A coleta será realizada até sábado para distribuir a participação de público e garantir alguma vida extra para as doações. O sangue coletado tem validade curta e a concentração de doações provoca perdas no mesmo dia caso as bolsas não sejam usadas.

“Eu me sinto melhor aqui, na campanha, que sozinha em casa ou no trabalho pensando no aniversário do Gabriel e em tudo que ele poderia ser hoje, aos 22 anos. Lembro dele todos os dias, várias vezes, hoje especialmente, seria o aniversário dele”, disse Kátia ao Giro Marília.

Mariana, publicitária e cientista social, destacou a evolução da campanha e agradeceu pelo apoio que cresce em redes sociais. Disse que alguns amigos e participantes aparecem todos os anos. Amigos de Gabriel, hoje adultos, prestigiam a ação.

Família leva lembranças – produzidas por voluntária – para entrega a doadores

“Difícil divulgar sozinha, só eu e minha mãe. Hoje recebemos muita ajuda, mas as primeiras fomos só nós, a cada ano tentamos trazer lanches, coisas diferentes”, explica Mariana.

A estudante de serviço social Gisela Vicente Ferreira fez a doação pela segunda vez. Na primeira foi pelo curso, agora pela campanha. Já decidiu fazer cadastro para doação de medula

“Essa campanha ajuda bastante, vi porque vi a campanha. Às vezes a gente fala, pô tenho trabalho, compromissos, mas hoje eu tirei uma parte do dia e vim, é possível fazer.”

Gabriel foi diagnosticado com aplasia na medula, uma condição que compromete produção de plaquetas e sangue. Recebeu transfusões permanentes, foi listado para transplante e conseguiu uma doadora, mas não reagiu ao transplante.

Equipe de atendimento no Hemocentro de Marília: atenção recebe elogios

A família diz que o atendimento na saúde foi sempre muito bom e isso também incentivou a atração de doadores.

Além da doação de sangue, os voluntários podem se cadastrar para a doação de medula. O cadastro é permanente e o doador só precisa informar eventuais mudanças de dados, como endereço ou telefone.

Para doar sangue é preciso ter mais de 18 anos, gozar de boas condições de saúde, ter mais de 50 quilos e estar alimentado. As coletas são feitas no Hemocentro (rua Lourival Freire, 240 ) das 7h às 13h.