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Plantão na zona norte investiga animais em controle de leishmaniose

Plantão na zona norte investiga animais em controle de leishmaniose

A equipe de controle da leishmaniose de Marília iniciou convocação de responsáveis por cães nos bairros Vila Nova e parte do São Judas (zona norte) para um plantão de exames e controle de doença.

O plantão será das 9h às 16h, em frente à USF Vila Nova, na rua Rua Hermes da Fonseca, 496. Deve comparecer apenas quem recebeu a notificação por escrito. Em geral, o aviso está sendo deixado nas caixas de correspondência.

A veterinária Vanessa Nishizawa, que integra a equipe da Divisão, lembra o responsável por cão, residente no território, que pode procurar a equipe para outros esclarecimentos, porém o foco do plantão é sanar as pendências do inquérito sorológico.

“Estaremos à disposição para informar sobre os cuidados que a população deve tomar, os sintomas da leishmaniose visceral, mas o grande objetivo é atender especialmente aquele morador que trabalha durante a semana, que estava ausente quando passamos nas casas para a coleta de sangue do cão. O exame é rápido e muito importante para o controle da zoonose”, disse a veterinária.

LEISHIMANIOSE VISCERAL

A doença é causada por um protozoário, transmitido pelo “mosquito palha”. O pequeno inseto se desenvolve em ambiente com umidade, junto à matéria orgânica como folhas secas, frutas apodrecidas, madeira em decomposição, fezes de animais, entre outros.

O mosquito alimenta-se, principalmente, do sangue de animais domésticos. Por isso a importância de não manter criação de porcos e galinhas na área urbana. Fundamental também ficar alerta com a saúde dos cães.

PLANTÃO

Em novembro foi registrado o quarto caso de leishmaniose visceral humano na cidade. Para evitar transmissão, a Secretaria Municipal da Saúde desencadeou uma série de ações, incluindo reforço nas visitas domiciliares, orientação aos moradores e coleta de materiais orgânicos em frente às casas.

O trabalho ao sábado é importante, explica a veterinária, porque o inquérito sorológico canino cumpre protocolo do Ministério da Saúde e favorece o bloqueio da transmissão. A equipe com veterinário responsável vai até as casas, examina os cães e coleta sangue para teste que tem resultado rápido.

Em caso de positividade é feita a contraprova, utilizando método diferente. Somente com os dois resultados positivo, o cão é diagnosticado.

Em 2018, Marília apurou quatro casos humanos, sendo três na zona norte e um na zona sul. “É uma doença grave, que acomete e pode matar também humanos. Nosso esforço é para proteger a população, orientar os moradores sobre os riscos que todos correm e evitar sofrimentos, com casos positivos e óbitos”, reforçou a veterinária.