A cor da água mudou, ficou com um tom marrom, chegou a ficar quase preta. Os peixes começaram a morrer, medi o oxigênio da água, estava quase zero.
O relato é do piscicultor Walter Ciceri, que registrou a morte de 40 toneladas de tilápias criadas em 100 viveiros no Barra Mansa, um braço do rio Tietê em Sales (180km de Marília) nesta quinta-feira.
A Cetesb deve concluir nesta sexta a retirada de amostras de água do rio para identificar a causa da morte dos peixes, que atingiu outras cidades e chega a 70 toneladas.
Cidades como Adolfo, Mendonça, Buritama e Santo Antônio do Aracanguá também registraram mortes de peixes.
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Ciceri cria tilápias nesse local desde 2012. “É a primeira vez que isso acontece, mas ainda não sei como vai ficar, pois não dá para continuar tendo prejuízo”, disse. A prefeitura de Sales cedeu tratores e caminhões para a remoção dos peixes mortos, que serão enterrados em valas no sítio.
A poluição tem impacto forte na economia da cidade. Além da perda com os viveiros, avaliada em R$ 1 milhão, o turismo de lazer esta comprometido.
Sales repete assim uma história que Sabino e outras cidades ao longo do Tietê e seus afluentes já enfrentam com excesso de algas, perda de qualidade da água, poluição por agrotóxicos, esgoto e assoreamento.
