Sustentável

Varvito… O que você disse? V-A-R-V-I-T-O

Parque Geológico do Varvito – foto:Rodrigo Funchal
Parque Geológico do Varvito – foto:Rodrigo Funchal

Você já ouviu fala no Parque Geológico do Varvito?

Fica no interior do Estado de São Paulo, na cidade de Itu.

Fiquei com os olhos fixos naquele monumento da natureza, o impacto dessa rocha – sim Varvito é o nome de um tipo de rocha e neste Parque está a maior amostra da América do Sul-.

As camadas e a variedade de coloração da rocha, além da extensão, te fazem perder o fôlego.

O Parque que possui toda essa preciosidade é um cantinho bem abandonado e ladeado de Condomínios. Há quem lave roupas olhando para Varvito já que a especulação imobiliária paira por lá de tal forma que ao tentarmos entrar no Parque ficamos em duvida e caímos na entrada do Condomínio.

A visita é válida pela singularidade da rocha e ponto!

Passamos o tempo no Parque procurando acalentar com a internet nossas duvidas, via celular, pois as placas auto explicativas não explicam e não possuem atrativo pedagógico. Ficamos confabulando e querendo um geólogo,um monitor ou qualquer ser que pudesse para nos matar a sede sobre Varvito e afins.

Na cidade vizinha de Salto há PARQUE DA ROCHA MOUTONNÉE, um parque com exemplar rochoso que está um pouco mais cuidado, já que foi recém reformado e neste ao menos pudemos tomar água no bebedouro. Mas não se anime, você tem simplesmente um sorridente “Bom dia e siga por ali”.

Os Parques no Brasil parecem seguir a rotina do descaso versus fazemos o que podemos.

Suas criações e tombamentos não dão garantia de recursos, o que faz o milagre do esquecimento de tantos atrativos naturais que serviriam para educar e garantir a preservação ambiental.

A regra permanece nas instancias municipais, estaduais e federais. No caso dos Parques Estaduais com o agravante de estarem com áreas a venda e ou em concessão.

Enfim nossa visita valeu pelas rochas que nos dois Parques são tombadas pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico,  Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) ao qual caberia ao menos zelar pelos seus tombamentos.

A sede de água conseguimos saciar, mas a sede do conhecimento ficou como tarefa ao regressarmos.

O aprendizado vindo  da experiência foi o quanto há de abandono, falta de políticas públicas ambientais e descaso nos nossos Parques Brasileiros.