A FGV (Fundação Getúlio Vargas) calculou que o reajuste da bandeira tarifária de energia terá um impacto de 8,12% . Isso porque o aumento na conta de luz servirá para bancar os gastos com as termelétricas diante da crise hídrica . As informações são do jornal Folha de S. Paulo .
O cálculo do economista André Braz considera o aumento de 52% na bandeira tarifária, que vai passar de R$ 6,24 para R$ 9 por 100 kWh (quilowatt-hora)
A expectativa é que a população brasileira continue pagando um valor mais caro pela energia, a fim de dar conta dos gastos com o serviço. A energia pressionará a inflação, de acordo com o economista.
“Sempre que a energia aumenta, aumenta o custo de produção de vários segmentos”, pontuou Braz, em entrevista ao jornal. “Então, esses impactos não seriam tão temporários, vão ser mais persistentes e isso pode, sim, criar uma pressão inflacionária maior para esse ano.”
Com a bandeira tarifária vermelha 2 em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o período em 0,83%, sendo o maior para o mês desde 1996. E, no acumulado de 12 meses, maio registrou inflação de 8,06%, acima do teto da meta de inflação, que é de 5,25% para o ano de 2021.